Deputado federal Emiliano José declara: “Imprensa brasileira não pode atuar em descordo com a legislação”

Indiciamento por grampos ilegais na Inglaterra deve servir de exemplo ao Brasil, defende Emiliano José. (Foto: Carlos Augusto (Guto Jads) - Jornal Grande Bahia)Indiciamento por grampos ilegais na Inglaterra deve servir de exemplo ao Brasil, defende Emiliano José. (Foto: Carlos Augusto | Jornal Grande Bahia)
Indiciamento por grampos ilegais na Inglaterra deve servir de exemplo ao Brasil, defende Emiliano José. (Foto: Carlos Augusto | Jornal Grande Bahia)
Indiciamento por grampos ilegais na Inglaterra deve servir de exemplo ao Brasil, defende Emiliano José. (Foto: Carlos Augusto (Guto Jads) - Jornal Grande Bahia)
Indiciamento por grampos ilegais na Inglaterra deve servir de exemplo ao Brasil, defende Emiliano José. (Foto: Carlos Augusto (Guto Jads) - Jornal Grande Bahia)

“A imprensa brasileira não pode atuar em desacordo com a legislação”, afirmou o deputado federal Emiliano José (PT-BA), em entrevista. O parlamentar aproveitou para comentar o indiciamento de jornalistas envolvidos no escândalo de grampos ilegais no extinto tabloide britânico News of the World. Na última terça-feira, a justiça britânica indiciou sete jornalistas envolvidos no caso. Entre eles, Andy Coulson, ex-porta- voz do primeiro ministro britânico David Cameron, e Rebekah Brooks, chefe de redação da publicação. “O indiciamento destes profissionais por grampos ilegais na Inglaterra deve servir, inclusive, de exemplo ao Brasil”, sentenciou.

Emiliano afirmou ainda que não houve nenhum abalo à democracia britânica pelo fato da Justiça daquele país indiciar jornalistas, inclusive um ex-porta-voz do primeiro ministro, por praticarem um crime no exercício da profissão. Ainda de acordo com o parlamentar, na maioria das nações do mundo, como na Grã-Bretanha e no Brasil, as leis são claras ao assegurar o direito a privacidade e a intimidade das pessoas.

Revista Veja  

Para o deputado, que também é jornalista, quando algum delito é cometido por qualquer empresa ou trabalhador, ele deve explicações sobre o que ocorreu. Porém, o deputado lamenta que no Brasil a situação seja diferente. “Aqui, infelizmente, parte da grande mídia defende a concepção de que jornalista não pode ser investigado. Isso ocorre porque alguns desses setores praticam atos semelhantes aos ocorridos no News of the World”, acusou.  Como exemplo, o deputado destacou o “trabalho”  realizado pelos arapongas Jairo Martins e Idalberto Matias (Dadá) à revista Veja.

“Na minha concepção, até pelos indícios, é clara a associação dessa revista, e de seu diretor de Redação Policarpo Jr, com esses arapongas ligados a organização criminosa chefiada pelo contraventor Carlinhos Cachoeira”, afirmou Emiliano José. Segundo o parlamentar, dados da CPI que investiga as relações do criminoso com agentes públicos e privados, revelam a troca de “mais de 200 ligações entre Cachoeira e o diretor da Veja”. Em muitos desses casos, segundo ele, “para passar informações obtidas por meio de grampos ilegais”.

“Não entendo porque no Brasil não se pode nem mesmo convocar para depor em uma CPI um jornalista suspeito de praticar crimes”, afirmou Emiliano, ao lembrar a reação contrária de parte da imprensa, e de partidos da oposição, a uma possível convocação do diretor da Veja. De acordo com o parlamentar, a sociedade deseja que a imprensa atue “dentro da lei e de acordo com a Constituição”, e não de “forma criminosa para criar crises artificiais a um governo democraticamente eleito”.

Emiliano José disse que espera que o jornalista Policarpo Jr. compareça à CPI do Cachoeira para explicar a relação dele com a organização chefiada pelo contraventor. “Que ele deponha, faça sua defesa e apresente seus argumentos”, desafiou.

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Sobre Carlos Augusto, diretor do Jornal Grande Bahia 10738 artigos
Carlos Augusto é Mestre em Ciências Sociais, na área de concentração da cultura, desigualdades e desenvolvimento, através do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCS), da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB); Bacharel em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo pela Faculdade de Ensino Superior da Cidade de Feira de Santana (FAESF/UNEF) e Ex-aluno Especial do Programa de Doutorado em Sociologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Atua como jornalista e cientista social, é filiado à Federação Internacional de Jornalistas (FIJ, Reg. Nº 14.405), Federação Nacional de Jornalistas (FENAJ, Reg. Nº 4.518) e a Associação Bahiana de Imprensa (ABI Bahia), dirige e edita o Jornal Grande Bahia (JGB), além de atuar como venerável mestre da Augusta e Respeitável Loja Simbólica Maçônica ∴ Cavaleiros de York.

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