Em entrevista, prefeito Tarcízio Pimenta diz que foi perseguido por jornalistas, e que eles criaram fato inverídico

Com relação a Tito e Belo, Pimenta declara: Eu só tenho a lamentar que ainda tenha gente na imprensa que tenha esse tipo de comportamento medíocre. (Foto: Carlos Augusto | Guto Jads | Jornal Grande Bahia. Com. Br)
Com relação a Tito e Belo, Pimenta declara: Eu só tenho a lamentar que ainda tenha gente na imprensa que tenha esse tipo de comportamento medíocre. (Foto: Carlos Augusto | Guto Jads | Jornal Grande Bahia. Com. Br)
Com relação a Tito e Belo, Pimenta declara: Eu só tenho a lamentar que ainda tenha gente na imprensa que tenha esse tipo de comportamento medíocre.  (Foto: Carlos Augusto | Guto Jads | Jornal Grande Bahia. Com. Br)
Com relação a Tito e Belo, Pimenta declara: Eu só tenho a lamentar que ainda tenha gente na imprensa que tenha esse tipo de comportamento medíocre. (Foto: Carlos Augusto | Guto Jads | Jornal Grande Bahia. Com. Br)

O prefeito de Feira de Santana, Tarcízio Pimenta, explica que esteve na sede do Posto Avançado da Polícia Federal no município, ontem (08/03/2012), e que foi chamado para fazer alguns esclarecimentos com relação à ação que move contra quatro vereadores de Feira. “Fiz as declarações que deveria fazer. O processo corre em segredo de justiça, e eu não tenho autorização para falar sobre esse processo.”.

Acusações

Segundo Pimenta, desde as seis da manhã, um veículo com três elementos fazia campana na porta da residência. Dois indivíduos foram identificados como ex-funcionários da Prefeitura de Feira, Silvio Tito (repórter fotográfico) e Ronaldo Belo (jornalista). Tarcízio relatou que ao longo da manhã foi seguido pelos dois, e que estavam acompanhados de um motorista, não identificado.

“Preocupei-me, por conta dos índices de violência que vivemos e por necessidade de preservar a minha vida também e não sai de casa naquele momento, aguardei para ver se alguma informação chegava a mim sobre aquele veículo. Recebi a informação que se tratava de três pessoas, duas delas identificadas, esse rapaz que você citou e mais um fotógrafo e mais um motorista. Quando eu tomei conhecimento de que se tratava dessas pessoas não me preocupei de forma alguma, com que eles estivessem lá, saí na porta, não sai pela garagem, acompanhado de um morador, e me dirigi para as minhas atividades. Fui a vários os locais, e eles me acompanharam”.

Encontro

O prefeito afirma que encontrou Tito e Belo parados na porta do Posto Avançado da Polícia Federal. “Então consequentemente me dirigi a eles e perguntei: o que eles queriam atrás de mim o tempo todo? inclusive fazendo campana na minha porta. Peguei no braço de um deles delicadamente, não houve luta corporal, não houve contato físico violento. E com Belo fiz uma saudação, como estou fazendo em você aqui, [três tapas suaves, na altura do tórax]. Eles responderam que não era nada. E eu respondi de volta, bom, já que não é nada, muito obrigado. Até logo. Entrei no meu carro e fui embora. Depois me aparece uma história de uma queixa na polícia com lesão corporal. Algo inverossímil.”.

Na avaliação do prefeito, os dois jornalistas se alto flagelaram. “Provavelmente, porque são de fazer isso. Eu os conheço. Eu só tenho a lamentar que ainda tenha gente na imprensa que tenha esse tipo de comportamento medíocre. Comportamento irregular perante as suas próprias atividades.”.

Pimenta diz que está apresentando um documento oficial a Associação Baiana de Imprensa (ABI), comunicando esse fato, e comunicando também “a ação desses prepostos no comando de um pasquim em Feira de Santana.”.

Ronaldo Belo diz que foi vítima

Em entrevista ao programa Rotativo News, o jornalista Ronaldo Belo afirmou que foi vítima de violência praticada pelo prefeito de Feira de Santana. E incluiu o fotógrafo Silvio Tito como vítima das agressões. “Fomos à delegacia, registramos uma queixa e fizemos exame de corpo de delito.”.

Sem testemunhas

Tito e Belo não encontraram, até o momento, testemunhas favoráveis à suas versões. Profissionais da imprensa de Feira de Santana, que estavam cobrindo a visita do prefeito à PF, disseram não ter presenciado qualquer tipo de agressão aos jornalistas.

MPE pode investigar

O Secretário de Comunicação Social de Feira de Santana, Fabrício Almeida, atribuiu as acusações a questões políticas. Segundo ele, Ronaldo Belo e Silvio atuaram por quase oito anos no governo de José Ronaldo, e por dois anos na atual gestão, sendo exonerados pelo prefeito.

“Daí então se iniciou uma perseguição ao prefeito porque eles [Ronaldo e Silvio] estão insatisfeitos. Ronaldo Belo abriu um jornal de oposição ao governo, em uma tentativa de desgaste da administração. Silvio foi cumprimentado com um aperto de mão, e está dizendo que foi agredido. Não aconteceu nada além de um cumprimento.”.

Fabrício afirma que Silvio Tito é lotado como servente na secretaria de educação da Prefeitura de São Gonçalo dos Campos. Caso seja verdade, resta saber se o mesmo está de férias, ou licenciado. Porque sendo funcionário público de outro município, deveria o mesmo estar cumprindo com os afazeres. O Ministério Público deve atuar no sentido de verificar possível desvio de função.

Comportamento

Médico em Feira de Santana há décadas, Tarcízo Pimenta não possuí em seu histórico de vida agressões, ou atos de violência. Mesmo os críticos mais ferrenhos, sempre encontraram no prefeito uma pessoa pacífica. É muito pouco provável que uma pessoa com formação superior, com certa idade, e detentor do principal cargo público do município, fosse agredir dois jornalistas na porta da Polícia Federal, e na frente de outros profissionais da imprensa.

Caso fique comprovado que Ronaldo Belo e Silvio Tito criaram os fatos apresentados para imprensa e na delegacia da polícia civil, eles podem responder por falsidade ideológica. Neste sentido, Fabrício afirma que o jornal dirigido por Belo sofreu sanção judicial por divulgar resultado de “pesquisa” sem o devido registro.

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Sobre Carlos Augusto, diretor do Jornal Grande Bahia 10740 artigos
Carlos Augusto é Mestre em Ciências Sociais, na área de concentração da cultura, desigualdades e desenvolvimento, através do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCS), da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB); Bacharel em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo pela Faculdade de Ensino Superior da Cidade de Feira de Santana (FAESF/UNEF) e Ex-aluno Especial do Programa de Doutorado em Sociologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Atua como jornalista e cientista social, é filiado à Federação Internacional de Jornalistas (FIJ, Reg. Nº 14.405), Federação Nacional de Jornalistas (FENAJ, Reg. Nº 4.518) e a Associação Bahiana de Imprensa (ABI Bahia), dirige e edita o Jornal Grande Bahia (JGB), além de atuar como venerável mestre da Augusta e Respeitável Loja Simbólica Maçônica ∴ Cavaleiros de York.

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