
Comumente produzido em zonas rurais, a apicultura (criação de abelhas) começa também a ganhar espaços nas zonas urbanas, criadas principalmente dentro de casa, seja em quintal ou até em apartamentos. Para isso existem algumas regras estabelecidas por lei, como a necessidade da abelha ser de uma espécie que não possua ferrão.
Segundo a médica veterinária, Louise Santos, o primeiro passo é saber se no município que o interessado reside, a legislação municipal permite a prática da apicultura. Uma vez que para a autorização ser concedida, precisa-se escolher as espécies.
“As mais indicadas são as abelhas da espécie Melipona, porque elas não possuem ferrão. Já as abelhas do gênero Apis, que são as abelhas que produzem ferrão, até produzem uma quantidade maior de mel, mas podem machucar a pessoa que deseja criar e gerar um desconforto entre os vizinhos”, explica Louise Santos.
A especialista informa que a produção de mel não necessita de investimento elevado. “As abelhas são autossuficientes, o que significa que elas são muito bem desenvolvidas no sentido de execução de tarefas, cada uma sabe exatamente qual tarefa deve ser executada. É esse instinto social que as tornam muito eficientes nas práticas das tarefas a serem executadas dentro da colmeia. O trabalho do apicultor é proteger a colmeia e realizar a extração do mel quando ele estiver pronto”, destaca Louise Santos, que também é professora da Faculdade UniFTC Itabuna.
Entre o gênero de abelhas Melipona, as mais recomendadas para criação dentro de casa são: uruçu (Melipona scutellaris), tiúba (Melipona fasciculata), jandaíra (Melipona subnitida), uruçu-cinzenta (Melipona manaosensis), mandaçaia (Melipona quadrifasciata anthidioides) jataí (Tetragonisca angustula).