19º dia da Operação Especial da Rússia na Ucrânia é marcado por avanço das forças militares em direção à Kiev

Forças militares da Rússia avançam em território da Ucrânia e cumprem missão de desmilitarização e desnazificação.
Forças militares da Rússia avançam em território da Ucrânia e cumprem missão de desmilitarização e desnazificação.

O Ministério da Defesa da Rússia informou nesta segunda-feira (14/03/2022) que, desde o início da operação especial na Ucrânia, foram destruídos 3.920 alvos militares.

Segundo Igor Konashenkov, representante oficial do Ministério da Defesa da Rússia, desde o início da operação foram destruídos 143 drones, 1.267 tanques e veículos de combate, 124 lançadores múltiplos de foguetes, 457 peças de artilharia e morteiros, bem como 1.028 veículos militares especiais.

De acordo com o MD russo, nas últimas 24 horas, o Exército avançou 11 quilômetros.

Além disso, Konashenkov informou que a Força Aeroespacial russa abateu quatro drones ucranianos, incluindo um Bayraktar TB-2, na madrugada desta segunda-feira (14).

Em 24 de fevereiro, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou o início de uma operação especial da Rússia na Ucrânia.

Ataque ucraniano com míssil Tochka-U deixa 17 mortos e 28 feridos em Donetsk

No centro de Donetsk, um míssil ucraniano Tochka-U caiu nesta segunda-feira (14/03) junto do prédio do governo regional. De acordo com as autoridades, há feridos no local.

“O centro de Donetsk, próximo do prédio do governo, foi atingido por um míssil ucraniano Tochka-U. Há feridos”, afirmaram as autoridades.

No ataque, 20 pessoas morreram e outras 28 ficaram feridas. Entre as vítimas há crianças, segundo a República Popular de Donetsk.

Posteriormente, as autoridades informaram que 17 pessoas morreram e outras 28 ficaram feridas.

De acordo com as autoridades locais, o míssil, lançado pelas tropas ucranianas e que atingiu o centro de Donetsk, continha um cassete de fragmentação.

Proteção do povo russo residente na Região de Donbass

Entre os principais objetivos da operação estão a “desmilitarização e desnazificação da Ucrânia” para proteger a população da região de Donbass e para prevenir um ataque contra a Rússia a partir do território da Ucrânia em meio às ações agressivas da OTAN e avanço do bloco para o leste europeu.

Dados sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia 

  • UNICEF alerta para o colapso dos serviços de saúde ucranianos, depois de serem alvos de pelo menos 31 ataques, dos quais 24 resultaram na danificação ou destruição das instalações. Espera-se que 80.000 mulheres entrem em trabalho de parto durante os próximos três meses.
  • Mais de 140 mil civis foram retirados de zonas de conflito ucranianas. Em Mariupol já morreram 2187 pessoas e, nas últimas 24 horas, a cidade foi bombardeada 22 vezes. O comboio humanitário terá falhado uma vez mais.
  • Brent Renaud, vídeojornalista e premiado autor de documentários, foi morto pelas tropas russas. Tinha 51 anos e estava na Ucrânia a trabalhar num documentário sobre refugiados. Com ele estava o fotojornalista colombiano Juan Arredondo, que ficou ferido e foi transportado para o hospital.
  • Uso de armas químicas pode motivar intervenção da NATO, alerta Presidente polaco. “Se ele [Putin] usar armas de destruição maciça, vai mudar as regras do jogo”, alertou Andrzej Duda. O exército russo terá feito ataques com bombas de fósforo branco na noite de sábado, denunciou o chefe da polícia da cidade de Popasna, no leste da Ucrânia.
  • O presidente norte-americano, Joe Biden, autorizou no sábado (12/03/2022) US$ 200 milhões em armas e outras ajudas à Ucrânia, informou a Casa Branca, enquanto autoridades ucranianas disseram que os fortes bombardeios das forças russas estava ameaçando a retirada de civis. A decisão leva o total de auxílio dos EUA à segurança da Ucrânia ao longo do último ano a 1,2 bilhão de dólares, afirmou uma autoridade sênior do governo. Em um memorando ao secretário de Estado, Antony Blinken, Biden orientou que até 200 milhões de dólares alocados por meio do Lei de Assistência Externa fossem designados à defesa da Ucrânia.
  • A Rússia bombardeou uma base aérea da OTAN disfarçada em centro de treinamento na Ucrânia, em Yavoriv, que fica a 25 quilômetros da fronteira com a Polônia. O ataque deixou 35 mortos e mais de 130 feridos, muitos destes transferidos para Lviv. A base atacada de Yavoriv é um local onde os instrutores da Otan dão formação a militares ucranianos. A base funciona o Centro Internacional de Manutenção da Paz e Segurança, criado no âmbito do programa Parceria para a Paz, que é realizado em conjunto pela Ucrânia e pela Otan.
  • O conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, que deve se reunir nesta segunda-feira (14/03), em Roma, com o diplomata chinês Yang Jiechi, alertou a China que o país enfrentará consequências se ajudar a Rússia a evitar sanções abrangentes relacionadas à guerra na Ucrânia. O alerta é mais uma ameaça do Governo Biden à soberania de um país estrangeiro.
  • Os representantes da Ucrânia e da Rússia voltarão a encontrar-se para negociar esta segunda-feira (14/03). As autoridades dos dois países disseram esta manhã que as negociações chegaram a um ponto “promissor”.

Operação de desmilitarização e desnazificação da Ucrânia

Em 24 de fevereiro de 2022, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou o início de uma operação especial militar para “desmilitarização e desnazificação da Ucrânia”.

Durante a operação, as Forças Armadas da Rússia eliminam instalalções da infraestrutura militar ucraniana, sem realizar ataques contra alvos civis em cidades. Os militares russos também organizam corredores humanitários para população civil que foge da violência dos neonazistas e nacionalistas.

A ação militar se seguiu a um pedido de assistência das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk (RPD e RPL) devido ao aumento das violações de cessar-fogo na região.

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