
Nas últimas 24 horas, os ataques das forças ucranianas em Donetsk resultaram em dois civis mortos e outros 12 feridos.
Em declaração nesta quinta-feira (24/02/2022), o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou o início de uma operação militar especial na região de Donbass, onde ficam as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk (RPD e RPL, respectivamente).
A Defesa russa informou que as Forças Armadas do país não realizam ataques aéreos, de foguetes ou de artilharia contra as cidades da Ucrânia.
As tensões entre os dois países já vinham aumentando nos últimos meses, devido a uma aproximação da Ucrânia com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e à possibilidade de instalação de poderosos armamentos ocidentais perto das fronteiras russas.
Para Moscou, a possível adesão da Ucrânia à aliança ocidental da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) ultrapassa todos os limites aceitáveis, ameaçando gravemente a segurança russa. Apesar dos diversos apelos diplomáticos feitos pelo Kremlin na tentativa de que os Estados Unidos e seus aliados europeus levassem em conta as preocupações russas ligadas a esse avanço da organização militar liderada por Washington, não foram registrados progressos nas negociações.
A situação se deteriorou nos últimos dias, em meio a uma série de ataques das forças ucranianas contra o leste do país e de declarações polêmicas do governo de Vladimir Zelensky, de que Kiev poderia renunciar a seu status não nuclear, acordado em 1994 no Memorando de Budapeste.
Todas as tarefas das Forças Armadas russas para hoje foram realizadas, diz Defesa da Rússia
“Desde o início da operação militar foram abatidos dois aviões ucranianos Su-27, dois Su-24, um helicóptero e quatro drones de combate Bayraktar TB2”, disse o representante oficial da Defesa russa, Igor Konashenkov, na tarde dessa quinta-feira (24/02/2022) .
Além disso, 83 instalações de infraestrutura militar terrestre foram deixadas fora de serviço.
Os grupos das Forças Armadas da RPD e RPL avançaram em 6-8 km, isso se tornou possível graças ao apoio de fogo de artilharia e aviação militar, segundo informou o ministério.
Nesta quinta-feira (24), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou que em resposta ao pedido dos líderes das repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL) e no âmbito do cumprimento dos acordos sobre amizade e cooperação, tomou a decisão de realizar uma operação especial militar.
O líder russo destacou que a ocupação do território ucraniano não está nos planos de Moscou. Segundo informou o Ministério da Defesa da Rússia, as armas de alta precisão russas estão destruindo infraestruturas militares da Ucrânia, bases aéreas, aviação e meios de defesa aérea. Não estão sendo realizados ataques contra cidades ucranianas e não há ameaça para a população civil.
*Com informações da Sputnik Brasil.