Chuvas intensas prejudicam movimento das viagens rodoviárias em dezembro de 2021; Bahia e Minas Gerais foram os principais estados afetados

Chuvas de novembro e dezembro de 2021 afetaram severamente infraestrutura, habitações e edificações comerciais de cerca de 170 municípios da Bahia.

As fortes chuvas que assolaram vários estados brasileiros em dezembro atrapalharam a expectativa do setor de transporte rodoviário de passageiros, que era de superar os bons resultados alcançados em dezembro de 2019, quando as empresas regulares transportaram mais de 4 milhões de pessoas pelas estradas brasileiras. Apesar da recuperação em relação a 2020, um ano muito difícil para o setor, o resultado registrado em dezembro de 2021 ficou abaixo do esperado e foi em média 18% inferior às previsões de antes das chuvas.

Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (Abrati), embora as empresas não tenham conseguido atingir a meta almejada, o cenário é de otimismo, já que a expectativa é de que a demanda possa aumentar em janeiro em virtude do período de férias. A Associação ressalta ainda que, mesmo diante da crise e da alta dos combustíveis e insumos, as companhias mantiveram os preços das passagens no mesmo patamar de anos anteriores, havendo em alguns casos até redução do valor do bilhete.

Dados sobre as Chuvas

Tanto na Bahia como em Minas Gerais, a situação foi muito difícil neste final de 2021. Empresas associadas à Abrati com base nestes estados viram não só sua operação ser interrompida como a vida de seus colaborados ser afetada.

Além disso, as empresas que atendem à região tiveram diversas linhas impedidas de circular ou sofreram atrasos significativos na operação. A Gontijo, por exemplo, teve 20 linhas afetadas entre os dias 11 e 28 de dezembro. No entanto, mesmo diante desse fato, a empresa trabalhou junto às autoridades e a serviços de suporte à população atingida, realizando o transporte de alimentos (cestas básicas) para as cidades de Prado (BA), Jequié (BA), Itajuípe (BA) e Porteirinha (MG).

Outra viação que teve inúmeras viagens interrompidas pelas inundações, pontes quebradas e outros fatores foi a EMTRAM. A empresa criou um plano de contingência com sua frota reserva para evitar transtornos ainda maiores, mas a ação não foi suficiente devido à proporção das chuvas ao longo dos últimos dias. Em função disso, buscou ajuda de parceiros contratando veículos para substituir os que não retornavam a tempo para executar as viagens programadas, conseguindo minimizar o transtorno aos clientes, ganhando tempo para cumprir os protocolos de segurança e higiene antes da liberação de cada veículo.

A viação também aproveitou o momento de dificuldade para lançar na Bahia, em parceria com ONGs (Organizações não Governamentais) e instituições de apoio social das cidades onde operam, a #EMTRAMAJUDA, uma campanha de arrecadação de alimentos não perecíveis e roupas para ajudar as famílias que foram afetadas por esse desastre natural e aquelas em situação de necessidade.

A conselheira da ABRATI, Letícia Pineschi, lembra ainda que as empresas que compõem a ABRATI atuam nessas contingências há anos, muitas vezes anonimamente, mas sempre com compromisso social com as regiões que atendem. “O plano de contingência estabelece os procedimentos que devem ser adotados pelas empresas do setor durante as chuvas de verão. A meta é tentar dar mais agilidade no atendimento aos passageiros em casos de temporais. Isso inclui também o oferecimento de abrigos para quem eventualmente venha a sofrer com o cancelamento de viagens em virtude desses fenômenos naturais”, destaca.

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