
Nesta quinta-feira (25/11/2021), com as urnas totalmente apuradas nas eleições da OAB-BA, a presidente eleita Daniela Borges chegou a 55,32% dos votos válidos. Foram cerca de 15 pontos a mais do que a segunda colocada, Ana Patrícia, que obteve 40,39% dos válidos. A votação de Daniela foi superior a todos os votos das oposições reunidas. Ao todo, foram 9524 votos contra 8126 das oposições.
No interior, a vitória de Daniela Borges foi expressiva. Somando-se as 36 subseções, foram 4785 votos de Daniela. São mais de 1700 votos de diferença em relação à segunda colocada, Ana Patricia, que obteve 3021 votos no interior. Já na capital, a diferença foi de quase 900 votos (4827 de Daniela contra 3933 de Ana Patricia).
Considerando os brancos e nulos, Daniela obteve 50,83% contra 37,12% de Ana Patricia. Dinailton Oliveira obteve 3,94% enquanto Ricardo Nogueira chegou a 2,32%. A candidatura de Nogueira, no entanto, está sob judice porque sua chapa não cumpriu os critérios de paridade de gênero previstos nas eleições da OAB e os seus votos devem ser anulados.
Daniela Borges é a primeira mulher eleita para presidir a OAB da Bahia em seus quase 90 anos de história. Ela tem como vice a advogada Christianne Gurgel. Além de fazerem história durante o processo eleitoral, formando a primeira chapa encabeçadas por mulheres na história da OAB-BA, Daniela e Christianne serão as primeiras lideranças femininas no Brasil a ocuparem juntas os cargos da linha de frente de uma seccional.
Presidente eleita da OAB da Bahia repudia ofensas a adversária
A presidente eleita da OAB da Bahia, Daniela Borges, repudiou as ofensas sofridas nesta quinta-feira (25) por sua adversária na disputa pela seccional, Ana Patrícia Dantas Leão.
Segundo Daniela, ofensas como essas, anônimas, não se justificam em nenhum contexto, nem mesmo em período eleitoral. “As campanhas devem ser feitas sem jamais extrapolar a civilidade. Nada justifica as ofensas que a colega sofreu. Isso não deveria acontecer nunca”.
Daniela reforçou que as disputas se encerram quando acabam as eleições. “Agora temos apenas um lado: o da advocacia baiana, pela qual vamos lutar de forma incessante no próximo triênio”, pontuou Daniela.
A presidente eleita lembrou ainda que seu grupo não havia definido nenhum nome de forma antecipada para concorrer às eleições deste ano. “Tínhamos muitos nomes que se colocaram à disposição, de colegas muito valorosos e que teriam todas as condições de fazer uma excelente gestão à frente da OAB. Mas nosso grupo não é personalista. E a escolha do meu nome e de Christianne Gurgel se deu após uma ampla consulta, ouvindo conselheiros seccionais, presidentes de subseções, dentro de um amplo processo democrático, como deve ser”, concluiu.