Várzea da Roça: Situação da barragem de São José do Jacuípe preocupa deputado José de Arimateia

Vista da Barragem de São José do Jacuípe em Várzea da Roça.
Vista da Barragem de São José do Jacuípe em Várzea da Roça.

A determinação para resolver o déficit hídrico das regiões da sub-bacia do Rio Jacuípe foi o motivo da visita do presidente da Comissão de Meio Ambiente, Seca e Recursos Hídricos da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), deputado estadual José de Arimateia (Republicanos), ao município baiano de Várzea da Roça. Esta também foi a pauta de uma Audiência Pública na Câmara Municipal da cidade, nesta quarta-feira (25). De lá, o parlamentar seguiu em comitiva para observar de perto a Barragem de São José do Jacuípe.

“A barragem está pronta. O que quer dizer que as análises de impacto ambiental já foram feitas. Queremos saber por que o equipamento não recebe água da transposição do Rio São Francisco”, afirmou José de Arimateia sobre a demora para colocar em prática uma solução hídrica que vai beneficiar 12 municípios baianos e quase 1 milhão de pessoas. São José do Jacuípe é a terceira maior barragem da Bahia e atualmente está com um volume de água que corresponde a menos de 3% de sua capacidade.

De acordo com o vereador Sandro, proponente da Audiência Pública, o chamado Canal do Sertão Baiano, projeto integrado à transposição do Rio São Francisco, que objetiva ligar as águas do Velho Chico a partir do Lago de Sobradinho e alimentar a Barragem de São José do Jacuípe, seria uma solução definitiva para a seca dessa região, mas nunca saiu do papel.

Ao procurar saber o motivo por que esse projeto ainda não foi realizado e provocar politicamente os meios para a sua concretização, José de Arimateia disse estar disposto a articular as ações necessárias para isso, deixando claro que não deve haver “um pai da criança”, mas a implantação desse projeto fundamental para a população de Várzea da Roça e cidades vizinhas será fruto do esforço de todos que, conscientes de sua importância, apoiam a busca dos recursos. “Se as águas do São Francisco chegam até o Ceará, vão chegar também à Barragem de São José do Jacuípe”, declarou o republicano.

“Construída para uma capacidade de 357 milhões de metros cúbicos de água, a barragem de São José do Jacuípe está com apenas 2,84% de sua capacidade volumétrica, que representam aproximadamente 10 milhões de metros cúbicos”, declarou o representante da Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento da Bahia (CERB) Godofredo Correia Lima. O geólogo ressaltou os cuidados necessários para garantir a água, recurso essencial à sobrevivência. “A educação ambiental, preservação das matas ciliares, esgotamento sanitário e outros fatores devem ser lembrados para que o rio renda o que pode render. Sem água, não adianta a transposição”, enfatizou, lembrando que a barragem de Sobradinho também vem sofrendo com baixas severas no seu volume de água.

O presidente do Comitê da Bacia do São Francisco, Evilásio Fraga, destacou que “uma obra como essa deve ter um horizonte de amortização de investimento de 25, 30, 50 anos, pois embora seu custo seja elevado, os enormes benefícios a justificam”, finalizou. Por outro lado, o representante da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (CODEVASF) Sérgio Coelho declarou que os recursos para o projeto básico sofreram contingenciamento.

O deputado José de Arimateia declarou ser fundamental a busca do apoio com os 39 parlamentares federais que representam os 44 municípios e 63 deputados estaduais. Como encaminhamento resultante do encontro, o parlamentar declarou: “vamos receber o resumo do projeto com o valor da obra. Depois de recebermos esse resumo, vamos receber representantes da CODEVASF para a apresentação do projeto”.

Estiveram presentes também na Audiência Pública o prefeito municipal de Várzea da Roça, Danilo Sales, o vice-prefeito, Gerson de Orádio, a presidente da Câmara Municipal de Várzea da Roça, vereadora Talita Trindade, representantes da CERB, do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA), da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (CODEVASF), além de outros vereadores e autoridades municipais.

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Sobre Carlos Augusto, diretor do Jornal Grande Bahia 10723 artigos
Carlos Augusto é Mestre em Ciências Sociais, na área de concentração da cultura, desigualdades e desenvolvimento, através do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCS), da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB); Bacharel em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo pela Faculdade de Ensino Superior da Cidade de Feira de Santana (FAESF/UNEF) e Ex-aluno Especial do Programa de Doutorado em Sociologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Atua como jornalista e cientista social, é filiado à Federação Internacional de Jornalistas (FIJ, Reg. Nº 14.405), Federação Nacional de Jornalistas (FENAJ, Reg. Nº 4.518) e a Associação Bahiana de Imprensa (ABI Bahia), dirige e edita o Jornal Grande Bahia (JGB), além de atuar como venerável mestre da Augusta e Respeitável Loja Simbólica Maçônica ∴ Cavaleiros de York.