
Através da ideologia dominante, o capitalismo vende a falsa premissa de que o setor privado é mais capaz do que o setor público em prover produtos e serviços à população. Mas, de fato, o que todo capitalista almeja é o domínio monopolista do mercado.
Exemplo do quanto é trágico para a sociedade, o setor monopolista em mãos dos capitalistas, é a atuação da Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (COELBA), empresa privada responsável pela distribuição de energia elétrica no estado, cujo controle acionário é exercido pela Neoenergia, companhia listada na Bolsa de Valores.
Fundada em 28 de março de 1960 e privatizada em 31 de julho de 1997, a COELBA tem atuação marcada pelo baixo investimento, serviços desqualificados e péssima qualidade no fornecimento da energia elétrica, devido a elevada oscilação da tensão e regular interrupção do fornecimento da corrente elétrica.
Além destes fatores, em outro exemplo de anti-capitalismo, a empresa utiliza fundos públicos para realizar empréstimos financeiros subsidiados, quando, de fato, deveria buscar no mercado os recursos que precisa para ampliar a oferta e melhorar a qualidade dos serviços.
As queixas de consumidores são recorrentes e a empresa foi acionada pelo Ministério Público da Bahia (MPBA) por fraude na relação com os clientes.
Para empresários do agronegócio do oeste da Bahia, a Coelba se tornou um anti-exemplo de empresa capitalista, que promove crime contra a economia popular e o interesse da sociedade brasileira, ao fornecer, quando o faz, energia elétrica cara e de baixa qualidade. Eles denunciam, também, a concessionária por obrigar empresários a investir em sistemas de rede e subestações, para depois serem, também, obrigados a entregar o patrimônio à companhia monopolista.
Na avaliação dos produtores rurais, a desqualificada atuação da Coelba precisa ser revista pelo Governo da Bahia.
Segmentos da sociedade cobram o fim do monopólio da empresa e suplicam que investimentos sejam realizados, objetivando atrair indústrias que beneficiem os produtos oriundos do agronegócio.
Zona rural desassistida
A tragédia para os consumidores da Bahia ainda não está completa, observando que, passados 24 anos de concedido à iniciativa privada o monopólio para distribuição de energia elétrica no estado da Bahia, centenas de milhares de moradores da zona rural continuam sem acesso ao serviço prestado pela cara e monopolista Coelba.
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