
Os países europeus que estão lançando a vacina Pfizer-BioNTech contra a Covid-19 podem ser flexíveis no espaço de tempo da aplicação entre a primeira e a segunda dose da imunização.
A informação foi confirmada nesta quinta-feira pelo diretor da Organização Mundial da Saúde, OMS, para a Europa, Hans Kluge.
Compromisso
Nesse momento, alguns países tentam contornar o baixo estoque de vacinas estendendo o período entre as doses.
Falando a jornalistas, em Genebra, Hans Kluge afirmou que é importante encontrar um equilíbrio entre os suprimentos limitados e a necessidade de vacinar um número grande de pessoas.
Kluge disse que “é importante que essa decisão represente um compromisso seguro entre a capacidade de produção e a obrigação dos governos de proteger o maior número possível de pessoas, reduzindo a carga para os sistemas de saúde.”
Segundo a OMS, a Pfizer e a BioNTech não testaram a eficiência da vacina com mais de 21 dias entre as duas aplicações.
Variante
Até o momento, 22 países da região europeia detectaram uma nova variante da Covid-19.
Kluge contou que essa variante é “preocupante”, pois aumentou a transmissão. A OMS afirma que a mutação não afeta a vacina nem tem maior índice de letalidade.
A variante, no entanto, continua se espalhando por todas as faixas etárias. A OMS acredita que essa nova forma do vírus pode acabar substituindo outras linhagens, como já está acontecendo no Reino Unido e na Dinamarca.
Para o diretor regional, isso deve causar o alarme porque haverá um maior impacto nas unidades de saúde, já sob pressão tremenda pressão.
Em 2020, a Região Europeia da OMS teve mais de 26 milhões de casos confirmados e mais de 580 mil mortes.
Nesse momento, quase metade de todos os países e territórios na Europa têm uma incidência de 150 novos casos por 100 mil habitantes a cada semana. Cerca de 25% tiveram um aumento de mais de 10% nas últimas 2 semanas.