Operação Kickback: Polícia Federal faz nova investigação contra fraudes na saúde do Rio de Janeiro

Polícia Federal deflagra Operação Kickback. Mandados foram autorizados pelo ministro STJ ministro Benedito Gonçalves.
Polícia Federal deflagra Operação Kickback. Mandados foram autorizados pelo ministro STJ ministro Benedito Gonçalves.

Policiais federais cumprem hoje (15/12/2020) dois mandados de prisão preventiva e dez de busca e apreensão contra acusados de desviar recursos públicos da saúde do estado do Rio de Janeiro. A operação Kickback teve os mandados autorizados pelo ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A Polícia Federal (PF) investiga um possível esquema criminoso no Rio, voltado ao desvio de recursos através do pagamento de dívidas inscritas na modalidade “restos a pagar”. O esquema pode ter desviado R$ 50 milhões dos cofres públicos.

Segundo a PF, uma Organização Social (OS) que atua na cidade mineira de Juiz de Fora e no Rio recebeu cerca de R$ 280 milhões em troca de pagamento de propina de 13% sobre o valor quitado.

A propina daria prioridade à OS investigada no recebimento dos recursos, já que, diante da difícil situação financeira em que se encontra o estado do Rio de Janeiro, nem todas as dívidas poderiam ser quitadas.

Escritório de advocacia

A OS ainda teria feito o pagamento de cerca de R$ 50 milhões a um escritório de advocacia, que, por sua vez, segundo a PF, repassou mais de R$ 22 milhões a pessoas físicas e jurídicas ligadas a um operador financeiro identificado nas operações Placebo e Tris in Idem.

A operação Placebo, em maio deste ano, cumpriu mandados de busca e apreensão contra o governador (agora afastado) Wilson Witzel, no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governo. Já a operação Tris in Idem, em agosto, resultou no afastamento de Witzel do governo.

O afastamento permanente de Witzel está sendo julgado por um tribunal especial, formado por cinco desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio e cinco deputados estaduais fluminenses. Ele nega acusações de envolvimento com a corrupção na saúde no estado.

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Sobre Carlos Augusto, diretor do Jornal Grande Bahia 10723 artigos
Carlos Augusto é Mestre em Ciências Sociais, na área de concentração da cultura, desigualdades e desenvolvimento, através do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCS), da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB); Bacharel em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo pela Faculdade de Ensino Superior da Cidade de Feira de Santana (FAESF/UNEF) e Ex-aluno Especial do Programa de Doutorado em Sociologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Atua como jornalista e cientista social, é filiado à Federação Internacional de Jornalistas (FIJ, Reg. Nº 14.405), Federação Nacional de Jornalistas (FENAJ, Reg. Nº 4.518) e a Associação Bahiana de Imprensa (ABI Bahia), dirige e edita o Jornal Grande Bahia (JGB), além de atuar como venerável mestre da Augusta e Respeitável Loja Simbólica Maçônica ∴ Cavaleiros de York.