

O primeiro curta-metragem luso-brasileiro produzido durante a quarentena foi filmada em Portugal e no Brasil. Produzida inteiramente por smartphone e dirigido por Bárbara Tavares, premiada cineasta brasileira residente no Porto (Portugal). O curta-metragem traz imagens íntimas e pessoais, captadas pelas próprias personagens, produzida sem nenhum contato físico da equipe com as personagens. As filmagens foram feitas em Lisboa, pela personagem de Eloá Chaignet e, em Brasília (no Brasil), por Michele Nogueira.
Sinopse
Um retrato íntimo e pessoal de mulheres em quarentena devido à pandemia de Covid-19. Um mergulho nas suas dúvidas, fraquezas e fortalezas. Uma imersão na força da vida sob o olhar feminino.
Michele Nogueira é mãe solteira de Ariel (14 meses), ambas vivem sozinhas num apartamento pequeno e com poucos recursos financeiros na cidade de Brasília, no Brasil. A dificuldade de fazer compras no supermercado com uma bebê pequena e gerir todas as necessidades de uma bebê são os seus maiores obstáculos.
Eloá Chaignet vive com o seu filho Noah (8 anos) e seu marido francês, Nicolas, na cidade de Lisboa. Eloá sente-se forçada a deixar o menino sair para a rua, tendo em vista a grande dificuldade de Noah em lidar com o isolamento social.
A motivação para o documentário curta-metragem
A realizadora Bárbara Tavares desejava fazer um registo desse momento histórico mundial da atual pandemia da Covid-19 sob o olhar das mulheres. Começou por divulgar a notícia junto de algumas amigas e grupos de mulheres a qual faz parte, a dizer que estava à procura de mulheres que desejassem partilhar os seus sentimentos e as atividades diárias durante o confinamento para um documentário. Bárbara recebeu mensagens via WhatsApp de mulheres do mundo todo. Pediu-lhes que gravassem suas atividades diárias e fossem livres para expressar as suas emoções, dúvidas e medos como se estivessem num confessionário. Neste primeiro momento, ela gostava de perceber as histórias dessas pessoas e ver quais poderiam ser potenciais personagens. Não houve orientação para enquadramento ou perguntas que deveriam ser respondidas. As personagens tiveram liberdade para filmar o que julgassem representativo dos seus dias e os seus sentimentos vivendo a quarentena. A intenção principal da realizadora foi deixar as personagens serem elas mesmas e capturar os momentos e emoções reais durante o isolamento social.
A partir do material enviado pelas personagens, a montagem foi realizada juntamente com seu parceiro, sócio e marido, Frandu Almeida, ambos residentes na cidade do Porto – Portugal.
O Corona Short Film Festival é um festival online organizado por cineastas alemães, que recebeu 1.262 filmes de mais de 70 países. O curta-metragem Mulheres em quarentena (Women locked inside) está entre os 36 filmes selecionados. O festival inclui premiações do júri e do público. A votação do público acontece online no site do festival dos dias 10 a 24 de maio de 2020.
Assista ao curta Mulheres em quarentena (Women locked inside), 5 minutos e vote no júri popular (filme nº 9 na lista) até 24 de maio de 2020.
Em exibição: no Corona Short Film Festival até 24 de maio de 2020.
Trailer no link:
https://www.coronashortfilmfestival.com/votingpoll.html (filme nº 9).
O filme vencedor do prémio de júri receberá 1.500 Euros e o vencedor do prémio de público 500 Euros. Os dois filmes vencedores serão distribuídos internacionalmente pela distribuidora Interfilm Berlin.
A realizadora pretende produzir também uma versão alargada do curta “Mulheres em quarentena” incluindo novas personagens.

Sobre a realizadora
Bárbara Tavares, carioca brasileira, residente no Porto, recentemente concluiu o mestrado em Cinema Documental pela ESMAD (P. Porto), tendo iniciado os seus estudos de cinema na UCLA em Los Angeles. Em 2010, no Rio de Janeiro, fundou a produtora Bodhgaya Films juntamente com Frandu Almeida, diretor de fotografia, montador e finalizador. Bárbara realizou a sua primeira longa-metragem documental em 2015 o filme “Hermógenes, Professor e Poeta do Yoga” que esteve em cartaz nos cinemas no Brasil por 12 semanas, foi o 7º documentário brasileiro mais visto no ano. O filme está disponível no iTunes e Amazon em vários países. Bárbara teve a sua estreia como realizadora com a curta documental “O Gigante do Papelão” (2010), o filme que foi indicado ao Grande Prémio do Cinema Brasileiro, ganhou prémios de júri e público e participou de vários festivais no mundo, incluindo os festivais de Havana (Cuba) e festival de Huesca (Espanha).
O curta documental “Bom Caminho” (2017) foi a sua primeira curta filmada em Portugal, produzida juntamente com a escola ESMAD. O curta ganhou o prémio do júri no Festival Cinema de Aventura e circulou em festivais pelo mundo. Um curta sobre o Caminho de Santiago pela rota portuguesa, inteiramente filmado no alguergue de São Pedro de Rates, na Póvoa de Varzim. O trailer do filme poder ser visto aqui:
Em 2016, Bárbara e Frandu Almeida mudaram-se para o Porto, transferindo as produções da produtora carioca Bodhgaya Films também para Portugal. www.bodhgayafilms.com

Ficha técnica
Mulheres em quarentena (Women locked inside)
Direção e argumento: Bárbara Tavares
Produção: Bodhgaya Films
com Michele e Ariel Nogueira, Eloá, Nicolas e Noah ChaignetProdução: Bárbara Tavares e Frandu Almeida
Montagem, correção de cor e mixing de som: Frandu Almeida
Design: Adriana Tavares Torresan
Indicação: Livre
Contato:
Bodhgaya Films
Bárbara Tavares e Frandu Almeida
instagram: barbaratavares_doc & bodhgaya_films
info@bodhgayafilms.com
+351 939 661 300 – Porto
+55 (21) 4042-8060 – Brasil
Mulheres em quarentena (Women locked inside)
link do filme no vimeo do festival: