A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (19/12/2019) nova fase a Operação Estrelas de Nêutrons. A investigação é um desdobramento do Caso Faroeste e objetiva verificar o envolvimento de um advogado e um joalheiro por suposto envolvimento na lavagem de dinheiro do esquema de venda de decisões judiciais no Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA). Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), a dupla seria ligada a dois dos principais investigados do esquema de venda de sentenças através de decisões de juízes e desembargadores do Poder Judiciário da Bahia (PJBA).
Agentes cumprem quatro mandados de busca e apreensão em Salvador. As ordens foram expedidas pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Og Fernandes, relator do Caso Faroeste.
Segundo o site BNews, os agentes da PF cumpriram um mandado de busca e apreensão no apartamento do joalheiro Carlos Rodeiro, situado no Corredor da Vitória, em Salvador.
A loja do joalheiro, no Shopping Barra, na Avenida Centenário, em Salvador, foi, também alvo de mandado de busca e apreensão.
Carlos Rodeiro foi intimado para verificar se as joias apreendidas na casa da desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago foram resultado de transações realizadas entre eles.
Negociação
Em nota divulgada em 14 de dezembro de 2019, a assessoria do joalheiro afirmou que ele prestou depoimento no dia 7 de dezembro. Segundo a assessoria, Carlos Rodeiro reconheceu as poucas joias — de prata e banhadas a ouro — que foram adquiridas da loja pela desembargadora Maria do Socorro e apresentou as notas fiscais, referente as mesmas.
A hipótese da PF é que Carlos Rodeiro teria colaborado na lavagem de dinheiro feita pela desembargadora. No relatório, a polícia destaca que uma das caixas de joias possuía a marca do joalheiro.