

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta segunda-feira (23/09/2019) que o governo argentino hesitou em tomar as medidas necessárias para ajustar a economia e deu, assim, “chance para voltar (ao poder) justamente quem quebrou o país antes”.
“Não queremos cair no problema que a Argentina caiu de hesitar no primeiro ano, hesitar no terceiro e no final tá tudo degringolando. E aí, a tragédia final, volta os que quebraram. A turma que quebra volta para acabar de quebrar”, afirmou Guedes ao discursar em fórum do Instituto Formação de Líderes em Belo Horizonte.
O candidato de oposição de centro-esquerda à Presidência da Argentina, Alberto Fernández, derrotou o presidente Maurício Macri nas eleições primárias do país e a expectativa é que saia vitorioso nas eleições gerais de outubro. Ele tem como vice em sua chapa a ex-presidente Cristina Kirchner.
Guedes ponderou que não pode interferir nos assuntos internos argentinos e, por se tratar de um país vizinho, membro do Mercosul, precisa “dizer que tamo junto”.
“Mas a grande verdade é que, se ninguém fizer o ajuste, perde o espaço e dá a chance para voltar justamente quem quebrou o país antes”, disse Guedes. “O que não é problema nosso, é problema deles”, acrescentou.
Segundo Guedes, ao contrário do que ocorreu na Argentina, o governo Jair Bolsonaro está tendo um primeiro ano de sacrifício. “É um ano de plantar”, afirmou. A expectativa é que no ano que vem a economia esteja se movendo bem melhor e que decole em 2021, chegando a 2022 “em velocidade de cruzeiro”, disse o ministro.
Limitação cognitiva
Um das características do Desgoverno Bolsonaro é a de que os membros apresentam demência verbal, ou seja, que atuem proferindo pronunciamentos desprovidos de qualquer valor moral ou ético. Neste sentido, Paulo Guedes dá contribuição a doutrina bolsonarista ao adotar postura agressiva, típica de pessoas com baixo grau de dignidade, interferindo, desta forma, no direito de autodeterminação de uma Nação amiga do Brasil.
*Com informações da Agência Reuters.