Encontro de Cúpula sobre Ação Climática reúne mais de 80 líderes internacionais na sede da ONU em Nova Iorque

Jovem em Merea, no Lago Chade, em ação contra a mudança climática, irriga uma acácia.
Jovem em Merea, no Lago Chade, em ação contra a mudança climática, irriga uma acácia.
Jovem em Merea, no Lago Chade, em ação contra a mudança climática, irriga uma acácia.
Jovem em Merea, no Lago Chade, em ação contra a mudança climática, irriga uma acácia.

Nesta segunda-feira (23/09/2018), mais de 80 de líderes de governo, do setor privado e da sociedade civil anunciam seus compromissos para parar a mudança climática.

As promessas serão feitas em Nova Iorque, durante o Encontro de Cúpula para a Ação Climática, que foi convocado pelo secretário-geral da ONU, António Guterres.

Agenda

O evento começa com um diálogo entre o chefe das Nações Unidas e um grupo de jovens. Seguem-se depois 12 painéis, de 10 a 15 minutos, em que os lideres farão os seus anúncios

Dentre os países lusófonos, apenas participa o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, que irá anunciar os compromissos do país durante uma sessão dedicada à construção de um futuro resiliente.

O primeiro painel será dedicado a um mundo com neutralidade de carbono, seguem-se sessões sobre energias limpas, desenvolvimento dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, Sids, ou ação centrada nas pessoas.

Participantes

Participam mais de 60 de chefes de Estado e de Governo, como a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, o presidente da França, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson.

Também anunciarão suas promessas chefes de organizações internacionais, como o presidente do Banco Mundial, David R. Malpass, do Conselho da União Europeia, Donald Tusk, ou do Banco de Desenvolvimento Africano, Akinwumi Adesina,

Do mundo empresarial, vêm os diretores-executivos das multinacionais Danone, Emmanuel Faber, Allianz, Oliver Baete, ou Iberdrola, Jose Ignacio Sanchez Galan. Por fim, da sociedade civil, discursará o presidente da Fundação Melinda e Bill Gates, Bill Gates, e a diretora executiva da Fundação Fundo de Investimento para Crianças, Kate Hampton.

Emergência

Segundo as Nações Unidas, as emissões globais de dióxido de carbono estão atingindo níveis recordes e continuam aumentando. O impacto da mudança climática já pode ser visto através da poluição do ar, ondas de calor e riscos para a segurança alimentar.

A ONU afirma que “os impactos estão sendo sentidos em todos os lugares e estão tendo consequências muito reais na vida das pessoas.” Apesar disso, a organização diz que “há um reconhecimento crescente de que existem soluções que permitem avançar para economias mais limpas e mais resilientes.”

Soluções

A análise mais recente mostra que, atuando nesse momento, se pode manter o aumento da temperatura média global abaixo de 1,5° C face aos níveis pré-industriais. Para isso, é necessária uma redução de 45% das emissões de gases de efeito estufa até 2030 e atingir a neutralidade de carbono até 2050.

O secretário-geral tem feito três pedidos para alcançar esses objetivos: transferir impostos das pessoas para a poluição, eliminar subsidies a combustíveis fosseis e, por fim, parar com a construção de novas centrais de energia a carvão até 2020.

Em entrevista na semana passada, António Guterres disse que espera “o tipo de ação necessária para cumprir as metas que a comunidade internacional de cientistas diz ser precisa para acabar com a mudança climática.”

O encontro foi precedido pela Cúpula da Juventude sobre o Clima, no sábado, quando jovens líderes apresentaram suas propostas e soluções.

Novos dados

No domingo, um grupo de sete organizações climáticas lançaram um relatório conjunto com o tema “Unidos pela Ciência”.

A pesquisa confirma que os últimos cinco anos foram os mais quentes alguma vez registrados. Desde que há registros, a perda de glaciares nunca foi tão grande como a que aconteceu entre 2015 e 2019. O nível do mar subiu 4 milímetros por ano no período entre 1997 e 2016, quando comparado com um aumento de 3,04 milímetros na década anterior. O nível de acidez dos oceanos, que provoca a morte dos corais, aumentou 26% desde o início da era industrial, em meados do século 18.

A pesquisa afirma que existe “um fosso flagrante, e crescente, entre as metas acordadas para resolver a mudança climática e a realidade.”

Segundo o relatório, “há uma necessidade urgente de transformação socioeconômica em setores-chave como uso dos solos e energia para evitar um aumento perigoso da temperatura com efeitos, potencialmente, irreversíveis.”

*Com informações da ONU News.

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