

A imprensa francesa nesta segunda-feira (26/08/2019) destaca sexismo de Jair Bolsonaro, extremista de direita, presidente do Brasil, contra a primeira-dama da França e insultos do ministro da Educação Abraham Weintraub, que chamou Emmanuel Macron de “calhorda” e “cretino” no final de semana.
Pelo Twitter, Weintraub chamou Emmanuel Macron de “calhorda oportunista buscando apoio do lobby agrícola francês”, a respeito da ameaça de que a França não ratificaria o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia caso o Brasil não agisse contra os incêndios na Amazônia.
“Ferro no cretino do Macrón [sic]”, tuitou ainda Weintraub. Questionada a respeito dessas declarações nesta segunda-feira (26), a ministra da Justiça francesa, Nicole Belloubet, disse em entrevista a um canal francesa que não comentaria “esse tipo de baixaria”.
“A sugestão do presidente francês, de que assuntos amazônicos sejam discutidos no G7 sem a participação dos países da região, evoca mentalidade colonialista descabida no século XXI”, alfinetou Jair Bolsonaro na sexta-feira (23).
Macron também acusou Bolsonaro de ter ‘mentido’ sobre o clima no G20 de Osaka, atiçando os comentários do lado brasileiro.
O jornal Le Parisien desta segunda-feira acusa o presidente brasileiro de sexismo, por ter comentado um post de um internauta com fotos das duas primeiras-damas e dizendo que o francês estava “com inveja”. Bolsonaro respondeu ao simpatizante: “não humilha o cara. KKKKK”.
A imprensa francesa também cita o apelido que o guru Olavo de Carvalho criou para se referir ao presidente francês: “macrocon”, um jogo de palavras unindo “Macron” e “con”, xingamento de baixo calão na língua francesa. Os jornais franceses também falam de Eduardo Bolsonaro, que na sexta-feira retuitou um vídeo dos coletes amarelos, chamando Macron de “idiota”.
Presidente da França rebate comentários de Jair Bolsonaro sobre esposa e diz esperar que o Brasil tenha presidente à altura
O presidente da França, Emmanuel Macron, rebateu os comentários feitos pelo presidente Jair Bolsonaro sobre sua esposa, Brigitte Macron, classificando-os de “tristes” e extremamente desrespeitosos e afirmando que espera que o Brasil tenha “rapidamente” um presidente que se comporte à altura do cargo.