Partido Conservador escolhe Boris Johnson como primeiro-ministro do Reino Unido; Formalização da escolha ocorre com indicação da rainha Elizabeth II

Alexander Boris de Pfeffel Johnson é escolhido como primeiro-ministro do Reino Unido.
Alexander Boris de Pfeffel Johnson é escolhido como primeiro-ministro do Reino Unido.
Alexander Boris de Pfeffel Johnson é escolhido como primeiro-ministro do Reino Unido.
Alexander Boris de Pfeffel Johnson é escolhido como primeiro-ministro do Reino Unido.

O ex-prefeito de Londres Boris Johnson, árduo defensor da saída do Reino Unido da União Europeia que prometeu efetivar a separação com ou sem acordo em 31 de outubro de 2019, substituirá Theresa May como primeiro-ministro britânico depois de conquistar a liderança do Partido Conservador, nesta terça-feira (23/07/219).

 A vitória de Johnson coloca o Reino Unido a caminho de um confronto com a UE pela concretização do Brexit e também de ma crise constitucional, já que os parlamentares britânicos prometeram derrubar qualquer governo que tente tirar o país do bloco sem um acordo de separação.

Johnson, o garoto-propaganda do referendo de 2016 sobre o Brexit, recebeu os votos de 92.153 correligionários, e seu rival Jeremy Hunt, atual secretário das Relações Exteriores, 46.656.

May deixará o cargo na quarta-feira (24), depois de ir ao Palácio de Buckingham para ver a rainha Elizabeth II, que indicará Johnson formalmente antes de ele entrar em Downing Street.

Johnson, de 55 anos, disse que o mantra de sua campanha pela liderança foi “realizar o Brexit, unir o país e derrotar (o líder opositor trabalhista) Jeremy Corbyn — e é isso que faremos”.

“Vocês parecem intimidados? Vocês se sentem intimidados? Não acho que parecem nem remotamente intimidados”, disse Johnson aos partidários no centro de conferências Rainha Elizabeth, situado defronte do Parlamento. “Concretizaremos o Brexit”.

O resultado é um triunfo espetacular para um dos políticos mais extravagantes do Reino Unido, e coloca um firme apoiador do Brexit a cargo do governo pela primeira vez desde que a nação votou a favor da desfiliação da UE no chocante referendo de 2016.

Mas Johnson — conhecido pela ambição, o cabelo loiro e a oratória floreada-– toma posse em uma das conjunturas mais tumultuadas da história britânica pós-Segunda Guerra Mundial.

O plebiscito de 2016 mostrou um país dividido sobre muito mais do que a UE e provocou uma crise existencial a respeito de tudo, da secessão regional e a imigração ao capitalismo, o legado do império e o que é ser britânico na modernidade.

O Brexit, que já derrubou dois premiês conservadores, dominará os debates.

Johnson prometeu negociar um novo pacto de saída com a UE até 31 de outubro – mas se o bloco se recusar, como insiste que fará, ele garante um rompimento do tipo “tudo ou nada” nesta data.

É uma medida que, segundo muitos investidores e economistas, desencadeará ondas de choque nos mercados mundiais e lançará a quinta maior economia do mundo em uma recessão, ou até no caos.

Um Brexit sem um acordo de separação também enfraqueceria a posição de Londres como centro financeiro internacional preeminente e abalaria a economia do norte europeu.

Os conservadores de Johnson não têm maioria no Parlamento e precisam do apoio de 10 parlamentares do Partido Democrático Unionista da Irlanda do Norte, que é pró-Brexit, para governar.

Mesmo isso só garantirá uma maioria frágil, e alguns parlamentares ameaçaram derrubar o governo — uma ação que provavelmente aprofundaria a crise política do Reino Unido e levaria a uma eleição.

*Com informações de Guy Faulconbridge, Elizabeth PiperReportagem,e Kylie MacLellan, William James, Kate Holton, Andrew MacAskill, Alistair Smout e Michael Holden da Agência Reuters.

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