

Nesta quarta-feira (01/05/2019), data na qual se comemora o Dia Internacional dos Trabalhadores, professores da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) se unirão aos representantes de diversas entidades, movimentos sociais e centrais sindicais de Feira de Santana para um protesto contra a Reforma da Previdência. O dia será marcado por protestos em todo o país. Em Feira de Santana, a manifestação será na Praça José Falcão, ao lado da Estação de Transbordo Norte, no bairro Cidade Nova, a partir das 9h.
Centrais sindicais de todo o país, junto com a Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo, organizaram, de forma inédita, atos unificados com vistas de deflagração de uma Greve Geral no próximo mês. A unificação das pautas de reivindicações diversas vai na contramão do projeto de enfraquecimento da classe trabalhadora, orquestrado pelo Governo Federal, e mostra a força da luta coletiva.
O ato desta quarta-feira (01) contará com apresentações artísticas do grupo Quixabeira da Matinha, Cescé Amorim e Paulinho, Kareen Mendes e Roça Sound, além da realização de prestação de serviços e feira solidária. A defesa é por toda a Seguridade Social, o que inclui a Previdência Pública, Saúde Pública e Assistência Social.
Ato Público no dia 02/05
No dia 2 de maio, os professores da UEFS mais uma vez irão às ruas para uma manifestação com panfletagem em defesa das Universidades Estaduais da Bahia (UEBA). A atividade será realizada no Terminal Central, a partir das 16h30.
Na ocasião, os professores conversarão com a comunidade sobre os problemas enfrentados pela UEFS. Faixas, pirulitos, balões, bandeiras e a apresentação do grupo musical Luizinho dos Oito Baixos endossarão o protesto. Esse será mais um ato de mobilização da categoria que está em greve desde o dia 08 de abril após o cumprimento do prazo legal de 72 horas pós-deflagração em Assembleia.
Corte de Salários
O movimento grevista dos professores da UEFS informa que:
— Apesar da legitimidade do Movimento, os ataques aos docentes continuam. No mais recente deles o Governo Rui Costa cortou o salário dos professores. Entre os motivos que levaram os professores a mais uma greve está a falta de diálogo com o Governo, apesar das constantes tentativas da categoria em negociar a pauta de reivindicações desde 2015.
— O Fórum das Associações Docentes (ADs), que inclui os sindicatos das quatro Universidades Estaduais da Bahia, apresentou uma nota pública contra a ação do Governo afirmando que, a Greve “é legal e constitui um direito fundamental da classe trabalhadora. Qualquer forma de expressão para coagir o movimento, seja ela pelo uso da força ou o corte de salários, não cabe em uma sociedade democrática”.
— Apesar do anúncio de corte, nas últimas assembleias realizadas, a manutenção da Greve foi defendida por ampla maioria nas quatro universidades baianas, a Universidade do Estado da Bahia.
(UNEB), Universidade do Sudoesta da Bahia (UESB) e Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC).
— Moções de Apoio à Greve e Nota de Repúdio ao Corte de Salário: A Associação Nacional de História – Seção Bahia (ANPUH/BA), a Associação dos Professores Universitários do Recôncavo (APUR), o Grupo de Pesquisa Marxismo e Políticas de Trabalho e Educação (MTE/FACED/UFBA), a Associação Nacional de Política e Administração da Educação (ANPAE), Seção Bahia, a Associação dos Docentes da Universidade Federal Fluminense (Aduff-Ssind) e o Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal na Bahia apresentaram moções de apoio à luta dos/as professores/as na UEFS, UESB, UESC e UNEB. Já a CSP – Conlutas e o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN) apresentaram notas de repúdio contra o corte de salário dos professores em greve.