O presidente do Consórcio de Saúde Portal do Sertão, responsável pela Policlínica Regional, em funcionamento no Hospital Geral Clériston Andrade, prefeito Edimario Paim, precisou escrever um manifesto, esta semana, para os seus colegas integrantes do grupo, para desfazer o estrago causado pelo presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, deputado Allan Castro, do PSD, que cumpriu uma desastrada missão – deveria ter sido técnica, mas acabou se configurando em ato político – em Feira de Santana, esta semana.
Castro visitou a Policlínica com o objetivo de gerar um discurso contra a Prefeitura de Feira de Santana e outros municípios, que por diversas razões tem feito restrições a forma como o Estado quer que mantenham as despesas do equipamento.
Provavelmente cumprindo ordens, Castro chegou a acusar um dos prefeitos de “malandragem”, causando indignação ao presidente Edimário Paim, e a todos que integram o Consórcio. Ele condenou a atitude do deputado, que pelo visto desconhece completamente a realidade dos problemas enfrentados pelos prefeitos junto a Policlínica Regional.
“Deixo bem claro que não concordo com essa atitude dos deputados da Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa da Bahia (além de Castro, outros integrantes também se pronunciaram de maneira inconsequente, como Alex da Piatã) e garanto a todos os colegas prefeitos e prefeitas que compõem o Consórcio de Saúde Portal do Sertão que essas informações não foram passadas pelo nosso corpo administrativo”, afirmou Paim.
Ao externar a sua “revolta com essa atitude dos deputados”, explicou que assuntos relacionados ao custeio da Policlínica Regional, quando mencionado nas assembleias, “sempre tive o cuidado de não mensurar nomes, até porque sei das dificuldades que estamos passando nos nossos municípios”.
Ao colocar-se “a disposição dos senhores e senhoras para qualquer esclarecimentos que se fizerem necessários”, o presidente do Consórcio de Saúde Portal do Sertão, em seu pronunciamento, pediu q desculpas, “mesmo tendo a consciência tranquila que não tenho culpa do acontecimento”. Uma situação deveras constrangedora para o deputado Castro, que por falar o que não deve, ouve agora o que não quer e passa por verdadeiro vexame, sendo desautorizado e, mais que isto: desmentido.