

Há 20 anos, a atuação das milícias se limitava à comunidade de Rio das Pedras, em Jacarepaguá, onde grupos de PMs e ex-PMs do Rio de Janeiro disputavam território com os traficantes de drogas. Hoje, esses grupos já atuam em 26 bairros da capital, onde vivem 2,2 milhões de pessoas, e 14 cidades das regiões Metropolitana, dos Lagos e Costa Verde.
As milícias estão em praticamente toda a Zona Oeste do Rio de janeiro e, segundo o promotor Luiz Antônio Ayres, preparam-se para fincar pé na Zona Norte, a partir de Madureira.
Os negócios se expandiram: além do transporte ilegal, da TV a cabo clandestina e das taxas de segurança, as milícias estão envolvidas em grilagem, exploração de areia, agiotagem, contrabando de cigarros e extorsão aos pescadores da Baía de Guanabara.
“Os grupos paramilitares no Estado do Rio já se enquadram no conceito clássico de máfia”, diz o delegado Cláudio Ferraz. Revela reportagem de Antônio Werneck, publicada neste domingo (31/03/2019) no Jornal O Globo.
No contexto, observa-se que a atuação de militares, em 2018, durante a Intervenção Federal no Rio de Janeiro, foi inócua.