No ano em que comemora o seu centenário, o diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho, OIT, Guy Ryder, disse que a agência deve ajudar a combater as desigualdades no mundo do trabalho.
A mensagem do chefe da agência coincide com o lançamento de uma campanha interativa que promove o trabalho da organização.
Relevância
Fundada por 44 países após a Primeira Guerra Mundial, a missão da organização era abordar o descontentamento crescente com as más condições de trabalho na Europa. Ryder diz que hoje esse objetivo é partilhado pelos 187 Estados- membros da OIT.
O diretor-geral recorda que a natureza do trabalho mudou em muitas partes do mundo, em grande parte devido aos avanços tecnológicos, mas que muitas pessoas não sentem os benefícios.
Ryder afirma que “esperanças e medos são distribuídos de forma desigual” e que “a incerteza é alta e os níveis de confiança são muito baixos.”
Conquistas
Segundo a agência, o número de horas de trabalho, o princípio de um salário justo e proteção de trabalhadores incapacitados ou doentes são benefícios e direitos que resultam da intervenção da OIT.
Ryder lembrou que o papel da OIT na promoção da paz internacional através da justiça social era visto por alguns como um “sonho selvagem”, uma expressão usada pela primeira vez pelo presidente dos Estados Unidos, Franklin Roosevelt, antes da decisão do país ingressar no órgão em 1934.
Formação
Em 1919, a tarefa de redigir a Constituição da OIT foi confiada a uma Comissão de Trabalho criada pelos Estados-membros que participaram do Tratado de Versalhes.
A Comissão reuniu-se entre janeiro e abril para redigir a Constituição. No seu preâmbulo, escreveu sobre “distúrbios tão grandes que a paz e a harmonia do mundo estão em perigo.”
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