

Durante os regimes fascistas ditatoriais se torna fundamental o papel dos humoristas, chargistas e cartunistas para revelar o quanto de grotesco, ignorante, caricato e monstruoso é o autoritarismo.
Um ícone na luta contra a Ditadura do Estado Novo (1937 – 1945) foi o jornalista e chargista Aparício Torelly, o Barão de Itararé que, cansado de ser preso com truculência pela polícia política varguista, criou o lema que até hoje adorna muita porta de escritório pelo Brasil:
– Entre sem bater.
Quando da instauração da Ditadura Militar (1964 – 1985), destacou-se no humorismo político o jornalista Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta, que criou a série FEBEAPÁ – Festival de Besteiras que Assola o País, para ridicularizar as sandices do regime autoritário da época, com livros 📚 de engenharia hidráulica com o título “Bombas” sendo queimados em praça pública e professores 👨🏫 que o tinham recomendado severamente torturados como “terroristas”.
Uma importante referência na luta do humor contra a Ditadura de 1964 é o cartunista Henfil, na fase posterior ao golpe.
Na ditadura bolsonarista que se inicia a verve e criatividade dos humoristas já se manifesta, o que não é difícil – de tão grotesca que é esta “nova ordem” e seus personagens malignos e fanfarrões.
O amor destrói o ódio. O humor destruirá o mal?
*Aemulus Máximus, cientista social e defensor dos direitos humanos.
Confira vídeo