

Os dois partidos dominantes nas eleições presidenciais em mais de duas décadas estão fora do Palácio do Planalto. Com o presidente Jair Bolsonaro (PSL) no cargo, qual o futuro de PT e PSDB? A Sputnik Brasil entrevistou o cientista político da PUC-Rio Ricardo Ismael para fazer projeções sobre o que acontecerá em Brasília.
Com o ex-presidente Lula atrás das grades, o PT terá que buscar um novo discurso para seguir relevante. Segundo Ismael, a agremiação falhou em oferecer respostas a temas caros à sociedade, como a corrupção e a Operação Lava Jato. Ainda assim, deverá ser o principal partido de oposição a Bolsonaro, diz o professor da PUC-Rio.
Ainda sobre a esquerda, Ismael acredita que o campo busca se reinventar com vistas nas eleições municipais de 2020: “É por isso que a esquerda, o PCdoB, PDT e o PSB estão procurando se desvincular do antipetismo e encontrar um discurso novo”.
Enquanto o PSDB “enfrenta uma crise muito séria”, analisa. “Embora o Doria tenha ganho a eleição para governador em São Paulo, não se pode dizer que ele tem o apreço dos caciques do partido como Fernando Henrique Cardoso, José Serra e Geraldo Alckmin”.
Para o professor da PUC-Rio, o centro político foi derrotado no pleito de 2018, mas seguirá importante: “O centro político foi derrotado, mas ele continua sob disputa. É necessário que se imagine alguma força política que vai ocupar esse espaço”.
*Com informações da Agência Sputnik.