O fascismo espanhol do cruel e sanguinário general Franco tinha como lema a frase “morte a inteligência” – e este parece ser o mote do fascismo brasileiro do odiento capitão Bolsonaro.
Um importante filósofo oitocentista, certa vez, declarou:
– A história se repete. A primeira vez como farsa e a segunda como tragédia.
Como por mágica, ou melhor, trágico pesadelo, personalidades medíocres e obtusas do cenário político nacional alcançaram o poder máximo na combalida república brasileira, no ano da desgraça de 2018, e assistimos se erigir, na atualidade, a monarquia despótica dos bolsonaros.
Uma grotesca figura que se destaca neste circo de horrores é o “garoto” Eduardo Bolsofilho, uma espécie de ministro “de fato” das relações internacionais desta república de bananas sem bananas – sim, faltarão bananas!
Eduardo Bolsonaro já se constitui como o ministro de relações internacional de fato. O ministro de direito tomará posse em janeiro de 2019 e se denomina Ernesto Araújo, medíocre diplomata de carreira, mentecapto e dementado, ridicularizado pelos colegas do Itamaraty como “ministro tarja preta”.
O “garoto” Eduardo tem se arvorado em falar e delibetar em nome do Estado Nacional Brasileiro, sobre questões de política internacional. Ele coloca em risco a paz mundial e ameaça a humanidade com o espectro da guerra.
Quando ainda em campanha eleitoral, o “garoto” Eduardo vociferava a plenos pulmões nas manifestações de rua bolsonaristas, de homens brancos raivosos, declarando guerra a Venezuela.
Aqui faço um parêntesis para explicar o fascismo. No caso, o fascismo brasileiro de 2018.
Inimigos internos e externos do fascismo
O fascismo necessita criar, artificialmente, inimigos internos e externos.
Os inimigos internos do fascismo brasileiro são os “petralhas” e “esquerdopatas”, que devem ser metralhados.
Assim, na atualidade toda forma de antipetismo alimenta o famigerado fascismo. Reforça suas delirantes teses.
Outro inimigo do fascismo é a corrupção. Corrupção perseguida duramente por políticos togados e que tem como mira a “roubalheira do PT”.
Porém, se a mesma nefasta corrupção, comprovada pela COAF, envolver o deputado Flávio Bolsofilho, a futura primeira dama ou vários ministros nomeados, o crime será logo perdoado pelo superministro Sérgio Moro.
O outro inimigo do fascismo tupiniquim é o “comunismo”. O fantasma da ameaça comunista que ronda os lares da classe média brasileira…
Não importa esclarecer que o comunismo acabou em 1989, com a queda do muro de Berlim e, logo após, a extinção da URSS. No mundo virtual e maligno das “correntes de watzap” o comunismo está ali, à espreita, faminto por “comer criancinhas”.
E o brasileiro médio, eleitor de Bolsonaro… coitado do compatriota… se tornou um ser idiotizado e bestializado.
O fascismo da ex-Pindorama necessita de inimigos externos. O inimigo externo da vez é o país fronteiriço Venezuela. Por que elegeram a tal Venezuela não me perguntem… é só um artifício doentio dos inimigos da vida que cultuam a violência e a morte – ideologia dos adeptos do nazifascismo hitlerista.
Para o autoritário mandatário eleito, uma declaração de guerra a um país estrangeiro seria providencial para a decretação de um Estado de Excessão, com a suspensão dos direitos legais constitucionais, e se criariam as condições para a eliminação física de opositores: metralhar os “petralhas”, lembram da promessa de Bolsonaro?
Os pacifistas que se opusessem a loucura da guerra seriam denunciados como “inimigos da pátria”, e encarcerados, torturados, banidos ou mortos.
Ah … e como apronta o “garoto” Eduardo… com sua vil retórica, o Bolsofilho rompe com um histórico secular de boa e pragmática política de relações internacionais que o país sempre adotou.
O irresponsável “ministro do exterior” compra briga com o Irã, a China e os países árabes, ao mesmo tempo!
E como fica o agronegócio e seus milionários negócios? Que tem a China e os países árabes como principais parceiros comerciais?
A grande burguesia, em bloco, apoiou e financiou a aventura fascista. Vai poder cobrar a fatura?
Não, não vai. Regimes totalitários fascistas submetem a classe dominante. Bolsonaro tem o poder das armas – a linha dura militar, os “gorilas” ressurgidos da Ditadura Militar de 1964 o apoiam – e a classe dominante será obrigada a se submeter.
Já para o “mercado” – isto é, a jogatina da bolsa e do dólar – não será nenhum problema se acomodar à “”nova ordem”. Basta que os seus lucros e privilégios sejam preservados. E o povo? “Os pobres que se explodam” – dizia um famoso humorista falecido.
A Monarquia Absolutista do clã Bolsonaro
Perguntas: quem nomeou Eduardo Bolsonaro representante do Estado Brasileiro para assumir compromissos em nome do país, junto a outras nações?
É licito que um deputado federal assuma compromissos internacionais em nome do Estado Nacional?
Porque a Procuradoria-geral da República se mantém inerte diante das condutas indevidas dos políticos bolsonaristas?
O Brasil mudou de sistema republicano para Monarquia Absolutista Despótica dos Bolsonaros?
*Carlos Augusto, cientista social e jornalista.