


Preso na terça-feira (18/12/2018) durante a Operação Pityocampa, o médico e empresário Haroldo Mardem Dourado Casaes teve a prisão temporária prorrogada por mais cinco dias, mas, em decorrência dos problemas de saúde, ele cumprirá os dias restantes da detenção em regime domiciliar, decidiu Ícaro Almeida Matos, juiz da Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organizações Criminosas e Lavagem de Dinheiro da Comarca de Salvador. As informações foram repassadas por fontes do Jornal Grande Bahia (JGB).
Segundo fontes, os outros nove presos na Operação Pityocampa tiveram prorrogadas as prisões temporárias e seguem custodiados no Presídio Regional de Feira de Santana. Eles configuram como investigados por órgãos de controle do Estado. O processo judicial tramita em segredo de Justiça.
Fontes do JGB encaminharam 4 páginas do processo judicial nº 0346641-28.2018.8.05.0001, referente a Decisão Interlocutória proferida em 12 de dezembro de 2018 pelo juiz Ícaro Matos. No documento consta a autorização das prisões temporárias de Haroldo Mardem Dourado Casaes, Salomão Abud do Valle, Helton Marzo Dourado Casaes, Robson Xavier de Oliveira, Rogério Luciano Dantas Pina, Diego Januário Figueiredo da Silva, Aberaldo Rodrigues Figueiredo, Januário do Amor Divino (Zeca), Cleber De Oliveira Reis e Antonio Rosa de Assis.
COOFSAÚDE, a investigada
Haroldo Dourado atuou em diversos processos como representante legal da Cooperativa de Trabalho Ltda. (COOFSAÚDE). Atualmente, a entidade é presidida por Fairuzzi Abud do Valle. Segundo a Receita Federal (RF), Controladoria-Geral da República (CGU) e Ministério Público da Bahia (MPBA), a COOFSAÚDE operava como empresa convencional, produzindo lucro, mas se beneficiava da condição de cooperativa para burlar a legislação e com isto conseguir melhor condição competitiva durante processos licitatórios envolvendo municípios da Bahia e o Governo do Estado.
Durante o período de uma década, as operações da COOFSAÚDE somam cerca de R$ 1 bilhão. Apenas na relação instituída com o Município de Feira de Santana os desvios, observados em 2016 e 2017, foram estimados em R$ 24 milhões pelos órgãos de controle do Estado.
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