O 8º Fórum Global da Aliança das Civilizações da ONU iniciou esta segunda-feira com um apelo para que os países promovam condições para que pessoas de diferentes identidades, religiões e culturas possam viver em harmonia, livres de discriminação e perseguição.
Discursando no evento, em Nova Iorque, o secretário-geral, António Guterres, disse que “infelizmente, a cultura, a fé e a identidade ainda estão ameaçadas em todas as regiões do mundo”.Limpeza
O chefe da ONU apontou a minoria rohingya de Mianmar como exemplo, destacando que essas populações são submetidas ao que chamou de “limpeza étnica” no único lugar onde elas podem chamar de lar.
Guterres falou ainda da população yazidi no Iraque, explicando que após sofrer a invasão do grupo terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Isil, teve seus homens assassinados e suas mulheres e meninas vendidas como escravas.
Para o secretário-geral, é inaceitável e uma fonte de “profunda vergonha” que a identidade transforme uma pessoa ou uma comunidade em um alvo de perseguição.
Religião
Guterres explicou que pessoas com identidades definidas por religião, cultura ou etnia, continuam sendo assediadas pelo ódio no mundo atual.
O representante destacou que isso se observa com o ressurgimento dos neonazistas e do antissemitismo, com os ataques a refugiados e migrantes e a homofobia observada em mentes e leis em todo os países.
Moderadores
Guterres propõe medidas em prol de sociedades com maior respeito e inclusão. A primeira é um maior envolvimento em um diálogo sincero e inclusivo, onde líderes e organizações religiosas têm papéis importantes e são moderadores para promover a compreensão.
*Com informações da Agência ONU News.