Completando dois meses de funcionamento, o Instituto Couto Maia (ICOM), unidade da Secretaria da Saúde da Bahia instalada no bairro de Cajazeiras, em Salvador, que é o maior e mais moderno hospital especializado em doenças infectocontagiosas do Brasil, já soma mais de 22 mil atendimentos nos diversos serviços. Desde a sua abertura, no dia 6 de julho, foram realizadas, somente no ambulatório, 1687 consultas médicas e 3518 consultas interprofissionais.
Foram investidos cerca de R$ 120 milhões entre obras e equipamentos para a abertura do hospital. Com 120 leitos, sendo 20 de UTI, a unidade oferta atendimento de urgência e emergência, ambulatório especializado, além de um Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie) e uma agência transfusional. Há também serviço de reabilitação e de logística. O hospital conta ainda o serviço de apoio diagnóstico com equipamentos de radiologia, ultrassonografia, tomografia computadorizada, endoscopia digestiva, eletrocardiografia e eletroencefalografia e um centro cirúrgico.
A diretora-geral do Icom, Ceuci Nunes, pontua que a principal melhora em relação ao antigo Hospital Couto Maia, que funcionava no bairro do Mont Serrat, em Salvador, é a estrutura física. “Todos estão muito satisfeitos, profissionais e pacientes”, afirma Ceuci Nunes. A diretora ainda destaca que, com o centro cirúrgico e a tomografia computadorizada, que são novos serviços, o hospital consegue oferecer um atendimento integral. “Temos condições de dar a assistência completa ao paciente, sem que haja necessidade de transferi-lo”, disse a diretora.
De acordo com Ceuci Nunes, antes era necessário deslocar o paciente para realizar alguns exames de imagem. Ainda segundo ela, as cirurgias dos pacientes com hanseníase tinham que ser realizadas no Hospital Geral Roberto Santos. “Reunificamos toda a equipe multiprofissional que cuida do paciente de hanseníase incluindo as cirurgias”, afirma a diretora-geral
O empreendimento é fruto de uma Parceria Público-Privada (PPP) em que o Governo do Estado é responsável pela área assistencial, com 780 profissionais entre médicos e enfermeiros, por exemplo. Já o ente privado construiu, adquire os equipamentos e contrata os serviços não médicos, como administrativo, limpeza e portaria, totalizando 263 profissionais. A primeira experiência de PPP na área da saúde foi com o Hospital do Subúrbio, também localizado na capital baiana.