

A Justiça Federal decretou hoje (16/07/2018) o bloqueio dos bens do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella. O bloqueio foi causado por uma ação de improbidade administrativa devido a um contrato fechado pelo Ministério da Pesca e da Aquicultura na época em que Crivella era ministro. Os bens do prefeito do Rio estão bloqueados até o valor de R$ 3,15 milhões.
Segundo o despacho do juiz Renato Borelli, da 20ª Vara Federal do Distrito Federal, o contrato foi feito entre o ministério e a empresa Rota Nacional Comércio e Manutenção de Equipamentos Eletrônicos LTDA para a instalação e substituição de vidros, portas de vidros, espelhados e seus acessórios.
Além de Crivella, mais sete pessoas estão sendo investigadas no processo de improbidade, sendo quatro ex-funcionários do ministério. Foi verificado um sobrepreço de R$ 411 mil. No despacho, o juiz disse que o ex-ministro “não adotou as medidas necessárias para garantir que o preço estimado da contratação estivesse em conformidade com os valores observados no mercado”.
O prefeito Marcelo Crivella foi procurado por meio de sua assessoria, mas, até a publicação desta matéria, não respondeu à reportagem.
Dominação ideológica
Observa-se que, através de uma série de mecanismos ideológicos, o Grupo Globo de Comunicação influência membros do Poder Judiciário para destituir governantes legitimamente eleitos. Os interesses do grupo de comunicação sobre o governo municipal do Rio de Janeiro vão muito além do repasse de verbas públicas através da veiculação de publicidade. Denúncias sobre a manipulação discursiva do grupo midiático são recorrentes.