Brasil passa a ser 4º maior destino de investimento estrangeiro direto, diz relatório

O Brasil subiu do sétimo para quarto lugar no ranking de principais destinos de investimento estrangeiro direto (IED) no mundo,
O Brasil subiu do sétimo para quarto lugar no ranking de principais destinos de investimento estrangeiro direto (IED) no mundo,

O Brasil subiu do sétimo para quarto lugar no ranking de principais destinos de investimento estrangeiro direto (IED) no mundo, contrariando tendência global de desaceleração desses fluxos, segundo relatório divulgado na quarta-feira (06/06/2018) pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD).

Nove em cada dez das maiores aquisições por parte de empresas estrangeiras na América Latina no ano passado ocorreram no Brasil, sendo que sete envolveram compradores chineses. As aquisições referiram-se a empresas dos setores elétrico, petrolífero, de infraestrutura e agronegócio. O Brasil subiu do sétimo para quarto lugar no ranking de principais destinos de investimento estrangeiro direto (IED) no mundo, contrariando tendência global de desaceleração desses fluxos, segundo relatório divulgado na quarta-feira (06/06/2018) pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD).

O fluxo de investimento estrangeiro direto para o Brasil subiu 8% em 2017, para 62,7 bilhões de dólares, apontou o documento, lembrando que o país atrai mais de 40% do total de recursos destinados à América Latina. Em 2016, o IED para o país havia recuado 23%.

Nove em cada dez das maiores aquisições por parte de empresas estrangeiras na região no ano passado ocorreram no Brasil, sendo que sete envolveram compradores chineses. As aquisições referiram-se a empresas dos setores elétrico, petrolífero, de infraestrutura (transmissão de gás) e agronegócio.

O relatório citou como exemplo a estatal chinesa State Grid, que comprou em três etapas uma fatia majoritária na CPFL Energia, distribuidora de energia elétrica de São Paulo, por estimados 4,4 bilhões de dólares.

Esses acordos apontam para um boom do investimento estrangeiro direto no setor elétrico brasileiro, que mais do que triplicou, para 12,6 bilhões de dólares. Os fluxos de investimento nas indústrias de transporte e armazenamento quadruplicaram, para 6,6 bilhões de dólares. No setor manufatureiro, os fluxos para os produtos químicos e para a indústria alimentícia dobraram, atingindo 3,2 bilhões e 2,6 bilhões de dólares, respectivamente.

O investimento em metalurgia subiu 45%, para 3,1 bilhões de dólares. Esse forte aumento foi em parte ofuscado pela queda dos fluxos para as indústrias extrativas (baixa de cerca de 33%), setor financeiro e imobiliário (queda de 20% e 25%, respectivamente) e automotivo (queda de 40%).

O setor petrolífero, apesar de ter registrado uma queda dos fluxos de investimento estrangeiro direto em 2017 (baixa de 12%, para 3,7 bilhões de dólares), deve ter um papel importante na recuperação econômica do país este ano, de acordo com o relatório.

O documento lembrou que, em outubro, o Brasil realizou leilão de seis dos oito blocos de pré-sal. A Shell (Reino Unido e Holanda) arrematou metade deles, a BP (Reino Unido) dois e a ExxonMobil (Estados Unidos), um. O documento lembrou ainda que o governo brasileiro espera que os leilões gerem 30,2 bilhões de dólares em investimentos das companhias vencedores e 39,3 bilhões de dólares em royalties e outras receitas.

Cenário global

Os países da América Latina e do Caribe receberam 151,3 bilhões de dólares em investimento estrangeiro direto em 2017, um aumento de 8,3% frente ao ano anterior, de acordo com o relatório da UNCTAD. Além do Brasil, outro destaque do período foi a Argentina, que registrou um aumento de mais de 250% dos fluxos de IED, totalizando 11,9 bilhões de dólares no ano passado.

Globalmente, o fluxo de IED caiu 23% no ano passado, para 1,43 trilhão de dólares, de acordo com o documento. “A pressão de baixa sobre o IED e a desaceleração nas cadeias de valor globais são uma grande preocupação para os formuladores de políticas em todo o mundo e, especialmente, nos países em desenvolvimento”, disse o secretário-geral da UNCTAD, Mukhisa Kituyi.

“Investimentos em ativos produtivos serão necessários para alcançar o desenvolvimento sustentável nos países mais pobres.”

A queda global foi causada em parte por uma diminuição de 22% no volume das fusões e aquisições transnacionais (M&A). Mas, mesmo descontando os grandes negócios pontuais e as reconfigurações corporativas que inflaram o IED em 2016, a queda de 2017 permaneceu significativa. O valor do investimento “greenfield” (que envolvem projetos incipientes) anunciado — um indicador de tendências futuras — também caiu 14%, para 720 bilhões de dólares.

Para 2018, a UNCTAD prevê que os fluxos globais aumentem marginalmente, mas permaneçam bem abaixo da média nos últimos dez anos. Uma escalada e ampliação das tensões comerciais podem afetar negativamente o investimento em cadeias globais de valor (GVCs). As reformas fiscais nos Estados Unidos provavelmente afetarão significativamente os padrões globais de investimento.

A UNCTAD observou também que a tendência negativa do IED é causada em grande parte por uma diminuição nas taxas de retorno. O retorno médio global sobre o investimento estrangeiro está agora em 6,7%, ante 8,1% em 2012. O retorno sobre o investimento está em declínio em todas as regiões, com as maiores quedas na África e na América Latina e no Caribe. Os menores retornos sobre os ativos estrangeiros também afetam as perspectivas de IED no longo prazo, segundo a conferência das Nações Unidas.

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