A dignidade das prostitutas e a dos políticos brasileiros | Por Alberto Peixoto

Sessão plenária do Congresso Nacional, presida por Eunício Oliveira.
Sessão plenária do Congresso Nacional, presida por Eunício Oliveira.
Sessão plenária do Congresso Nacional, presida por Eunício Oliveira.
Sessão plenária do Congresso Nacional, presida por Eunício Oliveira.

Durante toda esta parafernália golpista que está ocorrendo no Brasil, desde a traição do Judas Temer, chego a conclusão de que as prostitutas brasileiras são pessoas dignas.  Muito mais dignas do que os políticos que prometem qualquer coisa para ganhar seu voto e nunca cumprem, além de praticar todo ato de corrupção.

As prostitutas quando combinam com seus clientes, que vai lhe proporcionar momentos de prazer, cumprem o acordo. Todos os políticos, com raras exceções, mesmo recebendo propinas, desviando verbas do erário e todo tipo de falcatruas – o imposto que “damos” aos políticos e não temos retorno – não cumprem suas atribuições que é a de: ser um representante do povo nas Assembleias Legislativas elaborando leis e defendendo os seus direitos; propor, debater e aprovar leis de interesse nacional.

Muito menos do que uma prostituta precisa desempenhar para fazer jus ao pagamento combinado que, com certeza, não é nem um milésimo (contando o roubo) do que um deputado brasileiro abocanha em um dia de “trabalho” (?).

O judiciário também pode fazer parte desta turma. A única coisa que sabe fazer é perseguir Lula e aumentar seus vencimentos. O juiz federal Marcelo Bretas entrou na justiça para defender o direito a acumular o recebimento de auxílio-moradia em dobro, pois o mesmo é casado com a também juíza Simone Bretas; “Pois é, tenho esse ‘estranho’ hábito. Sempre que penso ter direito a algo eu VOU À JUSTIÇA e peço. Talvez devesse ficar chorando num canto, ou pegar escondido ou à força. Mas, como tenho medo de merecer algum castigo, peço na Justiça o meu direito”, disse Bretas reivindicando um benefício imoral que foi concedido.

 E não venha com esta “estória” de tríplex ou que Lula roubou, porque fica a pergunta no ar: E Temer, Aécio, FHC, Serra, Alckmin, Padilha, entre tantos outros que estão soltos e nunca foram julgados?

Por que só Lula? Por que a elite coxinha zona sul, que se acha branca está incomodada com a participação de Lula nas próximas eleições? Por que esta mesma elite não protesta contra as aberrações da reforma da previdência que se pode dar como exemplo o não pagamento de pensão a viúva ou viúvo após o óbito do titular?

No estado da Bahia o governador Rui Costa foi eleito em primeiro turno pelos funcionários públicos, que já entraram no quarto ano sem aumento salarial, sequer reajuste da inflação. As próximas eleições estão às portas.

“Ai que pavor quando leio o jornal, é só desgraça, é só baixo astral, meu diploma dependurado na porta é o quadro de uma natureza morta. Quero voltar invisível pra dentro da barriga da mamãe” Rita Lee

Alberto Peixoto

Escritor

Banner da Prefeitura de Santo Estêvão: Campanha do São João 2024.
Banner da Campanha ‘Bahia Contra a Dengue’ com o tema ‘Dengue mata, proteja sua família’.
Sobre Alberto Peixoto 478 artigos
Antonio Alberto de Oliveira Peixoto, nasceu em Feira de Santana, em 3 de setembro de 1950, é Bacharel em Administração de Empresas pela UNIFACS, e funcionário público lotado na Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia, atua como articulista do Jornal Grande Bahia, escrevendo semanalmente, é escritor e tem entre as obras publicadas os livros de contos: 'Estórias que Deus Dúvida', 'O Enterro da Sogra, 'Único Espermatozóide', 'Dasdores a Difícil Vida Fácil', participou da coletânea 'Bahia de Todos em Contos', Vol. III, através da editora Òmnira. Também atua como incentivador da cultura nordestina, sendo conselheiro da Fundação Òmnira de Assistência Cultural e Comunitária, realizando atividades em favor de comunidades carentes de Salvador, Feira de Santana e Santo Antônio de Jesus. É Membro da Academia de Letras do Recôncavo (ALER), ocupando a cadeira de número 26. E-mail para contato: reyapeixoto@yahoo.com.br.