No uso da tribuna, na sessão ordinária desta terça-feira (06/03/2018), na Câmara Municipal de Feira de Santana, a vereadora Eremita Mota (PSDB) lembrou que na próxima quinta-feira (08) se comemora o Dia Internacional da Mulher e explanou seu ponto de vista em relação à mulher na sociedade.
“Não poderia deixar de registrar aqui que na próxima quinta se comemora o Dia Internacional da Mulher. Gostaria de chamar atenção para esta data, principalmente para que se continue o trabalho de conscientização contra a desigualdade de gênero na nossa sociedade. Muitas mulheres ainda são discriminadas e são os maiores números na estatística, em virtude do feminicídio. Em algumas emissoras de TV passam os números desse crime e mostram a crueldade com que os companheiros tiram as vidas das mulheres”, pontuou Eremita.
E fez um questionamento: “O que temos para comemorar neste 8 de março? O que tem para comemorar um país com alto índice de criminalidade contra a mulher? Precisamos de punições mais severas e não paliativos como a Medida Protetiva. O que vimos hoje é um avanço a passos lentos, uma avaliação inócua. Será que a Medida Protetiva resolve o problema?”, interrogou.
Ainda no uso da tribuna, a edil reconheceu os avanços das questões relacionadas ao pagamento de pensão alimentícia. “Avançamos muito, mas a lei é branda. Gostaria de deixar aqui meu protesto e pedir melhores ações educativas, reeducação da mentalidade masculina, educação para as crianças para que tenham melhores comportamentos e que as mulheres percam o medo de registrar queixa, pois ele ainda existe, assim como o medo de enfrentar e responder aos agressores”, pediu a edil.
Eremita afirmou ainda ter esperança em dias melhores e lamentou a pequena presença da mulher na política. “O quadro é lamentável, principalmente na política onde elas estão cada dia mais desanimadas. Às vezes nos procura para ajudar por questão de amizade, mas a participação ainda é muito lenta e tudo isso pela falta de oportunidade. Eu ouvi o prefeito de Ribeirão Preto dizer que apenas duas de suas secretarias são comandadas por homens. Aqui não temos esse prestígio. Ou vai porque é da cozinha ou porque tem padrinho, nunca vi uma que foi por mérito. Então, o que temos para comemorar no Dia Internacional da Mulher?”, voltou a questionar.