

Em março, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve forte desaceleração e ficou negativo, em -0,09%, na Região Metropolitana de Salvador.
Em fevereiro, Salvador havia registrado a maior prévia da inflação (0,78%) dentre as áreas pesquisadas e passou, em março, à menor taxa em todo o país, ficando abaixo da média nacional (0,10%).
O índice foi o menor para um mês de março na RMS desde 2012, quando se iniciou a série regional do IPCA-15.
As regiões metropolitanas de Belém (0,29%), Fortaleza (0,26%) e Belo Horizonte (0,25%) tiveram os maiores IPCA-15 em março.
No primeiro trimestre deste ano, o IPCA-15 acumula alta de 0,81% na Região Metropolitana de Salvador, ficando ligeiramente abaixo da média nacional (0,87%). Nos 12 meses encerrados em março, o índice chegou a 1,75% na RMS, também abaixo do índice nacional (2,80%).
Em ambos os acumulados (no trimestre e em 12 meses), o IPCA-15 atinge o seu menor patamar das séries históricas disponíveis para a Região Metropolitana de Salvador.
O quadro a seguir mostra os principais resultados do IPCA-15 de março para Brasil e cada uma das áreas pesquisadas.
Deflação de março teve forte influência de alimentação no domicílio (-1,37%) e passagens aéreas (-16,55%)
Dos nove grupos de produtos e serviços que formam o IPCA-15, cinco tiveram altas em março, na Região Metropolitana de Salvador.
A variação negativa do índice no mês foi puxada, sobretudo, pela deflação do grupo Alimentação e Bebidas (-0,84%), fortemente influenciada pela redução dos preços da alimentação no domicílio (-1,37%). O tomate (-15,94%) foi o item que, individualmente, mais contribuiu para segurar o IPCA-15 de março na RMS.
Além dos alimentos, a redução nos preços das passagens aéreas (-16,55%) também teve importante papel na queda do IPCA-15 de março em Salvador.
Por outro lado, os grupos que mais pressionaram para cima a prévia da inflação de março, em Salvador, foram Transportes (0,48%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,46%).
No primeiro caso, apesar da desaceleração frente ao aumento de fevereiro (7,30%), os combustíveis (3,21%) seguem como principal influência. Em março, a gasolina (3,29%) manteve-se em alta e foi o item que, individualmente, mais puxou a prévia da inflação da RMS para cima, seguida do etanol (3,79%).
O aumento do grupo Saúde e Cuidados Pessoais (0,46%) foi puxado, sobretudo, pelos gastos com plano de saúde (1,04%).
A alimentação fora do domicílio (0,33%) também se mantém como importante pressão inflacionária na RM Salvador e já acumula, no primeiro trimestre de 2018, alta de 2,21%, mais que o dobro da inflação média (0,81%).
Mais informações sobre esse indicador estão disponíveis na Agência IBGE Notícias.