O deputado Angelo Almeida (PSB) deu entrada nesta quinta-feira (15/03/2018) na Assembleia Legislativa da Bahia, em uma Moção de Pesar pela morte da vereadora Marielle Francisco da Silva (Marielle Franco (PSOL), Rio de Janeiro, 27 de julho de 1979 — Rio de Janeiro, 14 de março de 2018) que ele definiu como trágica e violenta.
A vereadora e o motorista Anderson Pedro Gomes, foram assassinados a tiros na noite de desta quarta-feira (14), no Centro do Rio de Janeiro, quando retornavam de um evento em que foi discutido o aumento da violência contra mulheres negras na capital fluminense. Ativa nas redes sociais, a vereadora costumava postar mensagens de apoio ao movimento negro e aos direitos das mulheres, sendo constantes suas críticas aos governos Federal, do Estado e Município do Rio de Janeiro. Recentemente foi nomeada relatora da Comissão que acompanhava a Intervenção Federal no estado.
“Não podemos aceitar a barbárie em que vivemos. Marielle era uma voz que representava milhares de outras vozes em favor dos direitos humanos e contra as injustiças e desigualdades. E é por representar milhares de vozes que a partir de agora a dela não deve se calar”, declarou o deputado.
Além de constar nos anais da Assembleia Legislativa da Bahia, foi solicitado que a Moção fosse também encaminhada para Câmara Municipal de Vereadores do Rio de Janeiro.
ONU pede breve elucidação do assassinato da vereadora Marielle Franco
A Organização das Nações Unidas (ONU) no Brasil manifestou hoje (15) consternação com o assassinato da vereadora do Rio de Janeiro e defensora dos direitos humanos Marielle Franco (PSOL), de 38 anos. Em nota, a ONU diz que espera rigor na investigação do caso e breve elucidação, com responsabilização pela autoria do crime.
“Quinta vereadora mais votada nas eleições municipais de 2016, Marielle era um dos marcos da renovação da participação política das mulheres, diferenciando-se pelo caráter progressista em assuntos sociais no contexto da responsabilidade do Poder Legislativo local”, afirma a organização na nota.
A parlamentar foi eleita com mais de 46 mil votos. Em sua plataforma, defendia o enfrentamento ao racismo, às desigualdades de gênero e à violência nas periferias e favelas.
Ela foi assassinada a tiros na noite de ontem (14), no centro da cidade. O motorista que conduzia o carro em que a vereadora estava também foi morto pelos disparos.
Marielle saia de evento da agenda de 21 dias de ativismo contra o racismo, em função do Dia Internacional contra a Discriminação Racial, que será lembrado na próxima quarta-feira (21).
O corpo será velado na Câmara de Vereadores, onde a parlamentar receberá homenagens. Marielle era presidente da Comissão da Mulher na casa e tinha acabado de assumir a relatoria da comissão parlamentar que acompanhará a Intervenção Federal na Segurança Pública.
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