Foreing Affairs: revista americana lista ilegalidades do juiz SérgioMoro

Sérgio Fernando Moro.
Sérgio Fernando Moro.
Sérgio Fernando Moro.
Em artigo publicado em abril de 2017, advogado australiano aponta prática de lawfare por parte do juiz Sérgio Moro e sugere afastamento dos casos de Lula.

A revista norte americana “Foreign Affairs” trouxe um artigo do advogado Geoffrey Robertson intitulado “O caso de Lula – ele merece um julgamento justo, e não perseguição”, no qual ele critica a maneira como o juiz da 13ª Vara Federal de Justiça de Curitiba, Sérgio Moro, conduz as investigações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A partir de fatos ocorridos desde o início da Operação Lava Jato, o advogado australiano prova a prática de lawfare por parte do juiz paranaense e atenta para uma desqualificação da Justiça brasileira como um todo.

Nascido em Sidney, Geoffrey Robertson é um advogado que tem no currículo as defesas de Julian Assange, dono do WikiLeaks, do ex-boxeador Mike Tyson e do autor indiano Salman Rushdie. Atualmente, ele representa Lula na Comissão de Direitos Humanos da ONU.

Para Robertson, o fato de Moro estar à frente dos casos envolvendo Lula e a relação estabelecida entre os investigadores e parte da imprensa já tornam inviáveis um julgamento isento e justo do ex-presidente.

Ele defende que o caso saia das mãos do juiz paranaense. Somam-se a isso a falta de provas contundentes apresentadas contra Lula até esse momento e a tática “agressiva” de vazamento seletivo para a imprensa.

“Procuradores não encontraram evidências fortes que o liguem aos crimes alegados. Além disso, usaram táticas agressivas, como o vazamento de áudios de conversas telefônicas que Lula fez para sua família apenas para embaraçá-lo. O caso de Lula levanta questões cruciais sobre o sistema jurídico brasileiro: especificamente se ele (sistema judiciário) conseguirá dar a Lula um julgamento justo ou mesmo assegurar os direitos daqueles investigados por corrupção”, argumentou o australiano na revista, considerada uma das mais importantes do mundo na área das relações internacionais.

Ele citou a condução coercitiva do ex-presidente como um dos espetáculos mais cruéis e fora de qualquer previsão legal: “(Moro) usou uma forma de condução que juízes deveriam usar apenas quando o suspeito se nega a colaborar. Lula nunca se negou a colaborar, inclusive no dia em que entraram em sua casa às 6 horas da manhã e ele não se recusou a colaborar”.

Além disso, todo o circo foi montado – mais uma vez com apoio da mídia – para parecer que o ex-presidente não estava colaborando, cita o advogado.

Robertson alerta para o caráter ilegal da divulgação das conversas de Lula com a presidenta eleita Dilma Rousseff. O fato é classificado por ele como “perturbador” e considerado ilegal em qualquer país no qual a democracia funcione.

O australiano destaca ainda a devassa promovida por Moro nas contas do ex-presidente, em suas ligações, bem como de pessoas próximas a ele e que não trouxeram qualquer prova contundente até o momento.

Para o advogado, a maneira como as investigações contra o ex-presidente têm sendo conduzidas levanta questionamentos em torno da atuação do Judiciário e das leis brasileiras. A saída, para ele, é a adoção de um novo modelo já implementado em Hong Kong e também utilizado na Austrália, Cingapura, e outros, cujo sistema usa uma agência ou comissão independente para investigar ilegalidade promovidas por servidores públicos, empresas estatais e políticos.

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