Operação Lava Jato: nada será como antes, após acordo de delação de Marcelo Odebrecht e de mais 50 executivos; Longa noite recobrirá a política nacional

A defesa de Marcelo Odebrecht pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a liberdade do empreiteiro.
A defesa de Marcelo Odebrecht pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a liberdade do empreiteiro.

Após oito meses de negociações, o empreiteiro Marcelo Odebrecht e pelo menos outros 50 executivos da construtora Odebrecht fecharam acordo de delação premiada com a Operação Lava Jato, segundo a edição desta terça-feira (25/10/2016) do jornal O Globo. As tratativas teriam sido estabelecidas há duas semanas.

Embora estejam abaixo da expectativa dos procuradores, os acordos são abrangentes, conforme informou uma fonte ao veículo. As acusações atingem “de forma democrática” líderes de todos os grandes partidos que estão no governo ou na oposição. As informações que serão fornecidas não são “o fim do mundo”, mas têm poder para colocar o sistema político “em xeque”, disse um dos envolvidos nas tratativas.

Devido ao alto número de delatores – pode haver até 68 deles –, os acordos de delação já criaram um problema estrutural para o Ministério Público Federal, uma vez que cada delator presta, no mínimo, dez depoimentos. Por causa disso, eles serão ouvidos conforme sua relevância na hierarquia da propina.

Ainda de acordo com o Globo, os depoimentos serão prestados não só em Curitiba, onde Marcelo Odebrecht está preso, mas também em Brasília, São Paulo e Salvador. Os interrogatórios devem ser concluídos entre o fim deste ano e o início de 2017.

As delações serão complementadas com informações do Departamento de Operações Estruturadas, o departamento de propina da Odebrecht. Os investigadores já abriram um dos sistemas e tentam abrir o segundo, este mais exclusivo, onde estariam o registro das negociações mais delicadas, segundo o jornal.

O mundo dos políticos

Com o acordo de delação firmando, a maioria dos principais expoentes da política nacional do país deve ser atingido por graves acusações e devem ser alvo de ações da Força-tarefa da Lava Jato. O universo político nacional será transformando e não será surpresa se o próprio Sérgio Moro, juiz do caso, for alçado à condição de candidato a presidente da República.

Com informações da Veja e do O Globo.

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