Feira de Santana: vereador Roque Pereira critica fechamento de rodovia em protesto contra PEC 241

Roque Pereira do Carmo é contra protesto.
Roque Pereira do Carmo é contra protesto.
Roque Pereira do Carmo é contra protesto.
Roque Pereira do Carmo é contra protesto.

Nesta terça-feira (25/10/2016), durante discurso proferido na tribuna da Câmara Municipal, o vereador Roque Pereira (PSDB) criticou o protesto realizado ontem (24), na BR-116 Norte, pelos estudantes da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) contra o Projeto de Emenda à Constituição – PEC 241, que congela o orçamento pelos próximos 20 anos.

“Manifestação dos estudantes da Uefs juntamente com os servidores. É a questão do tirar o ir e vir das pessoas. Foi um transtorno muito grande na avenida Transnordestina, causando prejuízos às pessoas que não tinham nada a ver com isso. Temos que valorizar manifestações pacíficas sem tirar o direito de ir e vir das pessoas. Não teve aula ontem, não teve hoje e não vai ter amanhã, prejudicando alunos”, afirmou.

O edil defendeu a referida PEC. “Está apenas tramitando a PEC 241 e todo esse transtorno, imagine se tivesse criando novo imposto? O que está se limitando é o gasto a nível federal, estadual e municipal. Alguns da oposição estão encabeçando esse tipo de protesto, tocando fogo em pneus nas rodovias e nas avenidas, prejudicando milhares de pessoas. Essas mesmas pessoas esquecem o que o Governo da Bahia está fazendo tirando todos os direitos dos servidores”, disse.

O democrata citou alguns cortes que vêm sendo implementados pelo Governo do Estado da Bahia, que, segundo ele, está prejudicando os servidores, como a retirada de benefícios e vantagens. Roque Pereira disse também que a maioria dos servidores públicos estaduais recebe menos de um salário mínimo pelos serviços prestados.

Ele disse que as medidas do governo Rui Costa têm gerado insatisfação e que apenas o deputado estadual Zé Neto (PT) tem sido responsabilizado. “Há a reclamação, um desconforto geral, e está sobrando apenas para uma pessoa, como se Zé Neto fosse o padrinho da criança, mas tenho que defender Zé Neto, porque isso é uma ideia, um projeto do próprio governador para enxugar os gastos”, avalia.

Na sequência, Roque Pereira voltou a defender a aprovação da PEC 241. “Tem que limitar mesmo gasto, porque as pessoas não aguentam mais pagar tanto imposto”, pontuou.

Em aparte, o vereador Alberto Nery (PT) comentou a respeito dos protestos que têm acontecido, por conta da tramitação da PEC 241. “O que todas as universidades brasileiras estão fazendo é protestar contra o congelamento que essa PEC propõe para educação e para a saúde. A saúde já não vai bem em nosso país, a educação muito pior. O que eles reivindicam é que não haja cortes. Se a educação não está bem, imagine congelar por 20 anos? O que precisamos é investir mais”, declarou o petista, ressaltando que se o corte é necessário para equilibrar as contas públicas, deve ocorrer, sobretudo no Congresso Nacional e no Supremo Tribunal Federal.

Retomando a palavra, o democrata criticou algumas associações e sindicatos, que, segundo ele, estão do lado do Governo do Estado, e não em defesa do trabalhador. “Quero dizer que minha crítica vai em cima desses sindicatos e associações. Eu posso dizer pelo meu, o Sindsaúde é pelego, a APLB, com todas as letras, é pelega, só não posso falar pela Aspra da Polícia Militar, porque não sou policial, mas esses sindicatos que citei todo mundo sabe que são pelegos, estão do lado do governo e agora estão brigando não pela PEC, mas pelos 9 milhões de reais que a presidente Dilma Rousseff colocou nas centrais sindicais, esse é o choro. Não pense que ninguém está defendendo os gastos com saúde e educação”, criticou.

Roque defendeu que se o corte de gasto é necessário, que comece pelo Governo Federal e não atinja apenas as câmaras municipais. “Vossa Excelência [Nery] foi muito feliz quando falou do Congresso Nacional. Era para ter hoje de 100 a 150 deputados federais. Já no Senado, não deveria passar de 27 senadores. As câmaras precisariam reduzir sim o número de vereadores, se é para cortar na carne de todo mundo, mas não vai. Não adianta cortar das câmaras enquanto há 513 deputados batendo cabeça”, pontuou.

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