A prisão do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) nesta quarta-feira (19/10/2016 repercutiu na imprensa internacional que destacou o papel do peemedebista na abertura do processo de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff.
O The New York Times lembra que o ex-parlamentar até pouco tempo atrás era um importante aliado do presidente Michel Temer (PMDB) e que teve sua prisão decretada após os investigadores apontarem o risco de ele prejudicar o andamento da Operação Lava Jato.
O jornal americano lembra ainda que, após ser cassado em setembro deste ano, o peemedebista começou a criticar publicamente Temer e seus ministros, e que ele também anunciou que iria escrever um livro sobre o processo de impeachment.
Para The New York Times, caso decida colaborar com a Lava Jato e contar o que sabe, o ex-deputado pode derrubar outros políticos importantes ligados ao esquema de corrupção na Petrobrás e criar mais “dores de cabeça” para o governo Temer.
The Washington Post lembrou que o peemedebista enfrenta uma série de investigações e foi acusado de receber propinas milionárias para si mesmo e para outros políticos.
A publicação afirma ainda que, após a prisão de Eduardo Cunha, que sempre foi próximo de Temer, o presidente encurtou a viagem que estava fazendo ao Japão para retornar ao Brasil.
A rede britânica BBC apontou que Cunha foi, durante anos, um dos políticos mais poderosos do País e que o fato de possuir dupla nacionalidade (brasileira e italiana) também pesou para a decisão do juiz Sérgio Moro em decretar sua prisão preventiva.