Posse do conselho seccional da OAB Bahia lota reitoria da UFBA

Posse da OAB Bahia.
Posse da OAB Bahia.
Posse da OAB Bahia.
Posse da OAB Bahia.

Luiz Viana propôs que a OAB seja instituição mediadora da unidade nacional no País, favorecendo o diálogo da sociedade civil com a sociedade política. Com o salão nobre da Reitoria da Universidade Federal da Bahia (UFBA), no Canela, lotado, o novo Conselho Seccional da OAB-BA tomou posse na noite desta quinta-feira (21/01/2016). A solenidade, que teve como anfitrião o presidente da entidade, Luiz Viana Queiroz, serviu também para dar boas-vindas à nova diretoria da seccional, empossada no último dia 1º, e contou com a presença de autoridades políticas, representantes de instituições jurídicas de todo o Brasil, conselheiros federais e seccionais, presidentes de subseção e advogados de diversos estados.

Participaram da mesa alta, além de Viana, o presidente nacional da OAB, Marcus Vinícius Furtado Coêlho; o vice, Cláudio Lamachia, eleito para presidir o Conselho Federal na próxima gestão; o reitor da UFBA, professor João Carlos Salles; o 1º vice-presidente do TJBA, Jatahy Fonseca Jr.; a presidente eleita do TJBA, desembargadora Maria do Socorro Barreto; a nova presidente do TRT5, desembargadora Maria Adna Aguiar; a procuradora-geral adjunta, Luciane Croda, que representou o governador Rui Costa; a vice-prefeita de Salvador, Célia Sacramento, representando o prefeito ACM Neto; além dos diretores da OAB-BA, a vice-presidente Ana Patrícia Dantas, secretário-geral Carlos Medauar, o secretário-geral adjunto Pedro Nizan, a tesoureira Daniela Borges e o presidente da CAAB, Luiz Coutinho.

A cerimônia foi aberta pelo presidente Marcus Vinícius, que destacou a admiração pelo presidente Luiz Viana: “Para mim, é um prazer poder participar desta cerimônia, ao lado deste colega, que se tornou líder da sociedade baiana. Como ele mesmo diz, a OAB deve ser porto para ajudar os que querem fazer a travessia e farol para mostrar o caminho certo a seguir. E você, caro Viana, é porto e farol para a população baiana”, pontuou.

Representando os presidentes de subseção, José Arruda, à frente da OAB de Porto Seguro, falou sobre a papel da Ordem na sociedade e também parabenizou a gestão do presidente da seccional baiana: “Guiada pelo interesse público e pela independência, a OAB é a destinatária das responsabilidades coletivas e das liberdades individuais. E, na Bahia, a Ordem nunca teve tão sincronizada com seus ideais como na gestão do colega Luiz Viana. Nós, advogados do interior, jamais tivemos o respeito e a importância dentro da entidade como no último triênio”, destacou.

A atual diretora-geral da Escola Superior de Advocacia Orlando Gomes (ESA/BA) e conselheira seccional, Cyntia Possídio, falou sobre as conquistas e as dificuldades enfrentadas junto aos colegas nos últimos anos: “Juntos, chegamos aqui, com um Conselho Seccional forte. Grandes foram as realizações que obtivemos, mas grandes, também, foram os obstáculos, com destaque para a crise do nosso Judiciário. Mas, nesta complicada travessia, com a coragem necessária, sempre nos mantivemos no curso, cumprindo nossa missão de porta-voz da sociedade e mergulhados nas águas profundas da democracia”, ressaltou.

Ovacionado pelo público, Luiz Viana fez um discurso emocionado, com agradecimentos à família e aos colegas de escritório pela compreensão nas ausências e aos antigos conselheiros, diretores e a toda à advocacia da Bahia pelo apoio na gestão. O bâtonnier baiano fez também uma síntese das suas experiências e do que acredita serem seus próximos desafios: “Chegamos novamente. O porto nos acolhe mais uma vez. Ancoramos. A OAB é assim, sempre oferece porto e farol para os que querem partir e voltar. E nós partimos e voltamos, para travarmos novas batalhas. E não ficaremos à margem de nós mesmos, principalmente em tempo de crise, quando advogar na Bahia se tornou um inferno. Fomos chamados pela advocacia baiana para vencermos esses mares revoltos e haveremos de vencê-los”, disse.

Ainda em seu discurso, Viana falou sobre o que espera para os próximos anos: “Sonho com o dia em que não tenhamos mais que defender nossas prerrogativas. Sonho com o dia em que o Judiciário baiano seja um lugar digno de se trabalhar. Sonho com o dia em que os direitos humanos não precisem mais ser defendidos. Sonho com o dia em que haja diálogo entre as sociedades civil e política. Além de sonhar, permita-me Ariano (Suassuna) é preciso montar o cavalo da história. Vamos galopar nossos sonhos, vamos construir o porvir. Permitam-me que repita mil vezes, o passado é um só, o futuro são muitos os possíveis. Vamos construir nosso futuro comum”, conclamou o presidente da seccional.

Diante do momento difícil em que o País se encontra, Viana citou a atuação do intelectual e filósofo Norberto Bobbio (1909-2014) na Itália dividida após a Segunda Guerra Mundial para sugerir aos presidentes Marcus Vinícius e Cláudio Lamachia que “o Conselho Federal da OAB seja instituição mediadora da unidade nacional no Brasil, lançando pontes para o diálogo da sociedade civil com a sociedade política”.

Como iniciou sua fala com uma metáfora da beira do mar, Luiz Viana escolheu encerrar o discurso com uma metáfora do sertão, bisneto que é, pontuou, da Casa Nova de seus ancestrais. “Ouvi, certa feita, Vital Farias, cantador, recitar François Silvestre: ‘sou cantador porque trago no peito a cor e o cheiro da minha terra, a memória de sangue de meus mortos e a certeza de luta de meus vivos’. Pois eu não sou cantador. Sou advogado. Com muito orgulho advogado nordestino e baiano. De todas as regiões, de todas a Bahias. Como advogado baiano, trago no peito a cor e o cheiro de minha terra, a memória de sangue de meus mortos e a certeza de luta de meus vivos. Vamos juntos manter uma OAB da Bahia que seja porto e farol, porto para a memória de sangue de nossos mortos e farol para a certeza de luta de nossos vivos. Sigamos em frente. Vamo que vamo!”

Finalizando a cerimônia, Marcus Vinícius voltou a parabenizar a OAB-BA e a classe baiana: “Se, hoje, sou presidente do Conselho Federal e, em breve, Lamachia será, foi graças, fundamentalmente, à advocacia baiana. E, junto a Luiz Viana e demais colegas, traçamos missões para a OAB, como as de que nosso único partido político seria a constituição e de que nosso compromisso seria, apenas, com o Estado Democrático de Direito. Missões como a de que seríamos uma só OAB e um só Brasil. Missões essas que, sem dúvida nenhuma, se perpetuarão para sempre nas próximas gestões”, ressaltou.

Além dos presentes à mesa, participaram da solenidade o conselheiro do CNJ, Luiz Cláudio Allemand; o vereador Waldir Pires; o procurador-chefe do MPT na Bahia, Alberto Bastos Balazeiro; o presidente do Conselho Regional de Contabilidade da Bahia, Antônio Nogueira; a presidente da AMAB, Marielza Brandão; o presidente do IAB, Carlos Rátis; o presidente da APEB, Roberto Figueiredo; o professor e ex-presidente da OAB-BA, Thomas Bacellar; e os conselheiros federais Fabrício de Castro Oliveira, ex-vice-presidente da entidade; Ilana Campos, ex-secretária geral; André Godinho; Fernando Santana e Maurício Vasconcelos.

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