Esporte e a integração social | Por Janguiê Diniz

Janguiê Diniz é Mestre e Doutor em Direito, e reitor da UNINASSAU.
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O esporte é, talvez, a melhor forma de inclusão social que existe. Essa afirmação pode ser considerada verdadeira se levarmos em consideração a sociedade em que vivemos, onde o grande ídolo, para parte da população, não é mais um escritor, um professor ou um cientista. Mas, sim, um jogador de futebol, o vencedor do Big Brother ou uma modelo de passarela.

Falar sobre educação e esporte nos possibilitam dissertar inúmeras teorias, isso porque ambos são temas amplos, que compreendem diferentes campos do conhecimento e que podem se completar em determinados aspectos. A prática do Esporte é de extrema importância para a inclusão social, mas como alguém pode ser incluído socialmente praticando esporte sem uma educação de qualidade?

A Constituição Federal de 1988, no seu artigo 217, inovou ao elencar a prática desportiva como direito de cada indivíduo, sendo um dever do Estado o seu estímulo. Já a declaração do Direito à Educação aparece no artigo 6º: “São dire itos sociais a educação, […] na forma desta Constituição”, onde pela primeira vez em nossa história Constitucional explicita-se a declaração dos Direitos Sociais, destacando-se, com primazia, a educação.

O mundo globalizado tem levado as pessoas a uma competição cada vez mais acirrada, seja para atingir o sucesso ou para ter melhores condições e possibilidades de vida. Em contra partida, ainda é alto o índice de crianças e adolescentes que vivem em situação de risco e apresentam problemas de aprendizado e relacionamento nas escolas que frequentam. Como consequência, ainda apresentamos altos números de repetência, evasão e os processos disciplinares a essas crianças.

Infelizmente, não é incomum que jovens e adolescentes nessas situações acabem se relacionando com traficantes e viciados em drogas, passando, inclusive, a consumi-las. E é neste momento que o esporte tem sido um grande aliado da educação, principalmente em comunidades carentes. Projetos esportivos têm evitado que jovens fiquem com tempo ocioso e corram o risco de serem aliciados por criminosos, proporcionando a eles um futuro diferente do que tantos outros tiveram.

A importância da prática esportiva tem benefícios comprovados pela ONU (Organização das Nações Unidas). A instituição observou que além do princípio do desenvolvimento físico e da saúde, o esporte contribui também para a aquisição de valores necessários para coesão social e mundial. A prática regular do esporte, além de uma vida mais saudável, proporciona ao praticante, uma forte inclusão social, que inclui a criação e manutenção de ciclos de amizades e diversão.

É preciso entender o esporte, acima de tudo, como um instrumento pedagógico capaz de agregar valor à educação, ao desenvolvimento das individualidades, a formação pessoal para a cidadania e a orientação para a prática social. Já a educação propriamente dita, através da escrita, da leitura, da sala de aula, tem a capacidade de formar o indivíduo para participar da vida política, econômica e social das cidades, estados e do país. Precisamos entender q ue o papel decisivo do esporte, junto à educação, é a busca por princípios e valores sociais, morais e éticos.

Ao aliarmos esporte e educação de qualidade é possível que nossas crianças e jovens se sintam participantes da sociedade. O setor de educação particular incentiva os esportes nas instituições através da distribuição de bolsas estudantis e isso se reflete no alto nível dos atletas que participam dos Jogos Universitários, por exemplo. Cabe, também, ao poder público investir mais nesta área, melhorando a relação existente entre esporte e educação como elementos básicos para a melhoria da qualidade de vida da sociedade como um todo.

Educação e esporte prec isam andar juntas, no entanto apenas e somente a educação básica de qualidade é capaz de garantir uma inclusão social completa e permanente. O acesso ao mercado de trabalho e as vagas de emprego bem remuneradas estão disponíveis para aqueles que buscam e possuem qualificação de mão de obra. Este é o grande desafio.

*Janguiê Diniz é Mestre e Doutor em Direito, e reitor da UNINASSAU.

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