Angelo Almeida avalia possibilidade de sair do Partido dos Trabalhadores e nega aliança com o prefeito de Feira de Santana

Angelo Almeida: "Estou decidido que seguirei bem próximo desses movimentos sociais que tratam da política no aspecto ideológico e de proximidade com a esquerda e não com a direita. Vamos tentar construir uma outra caminhada”.
Angelo Almeida: "Estou decidido que seguirei bem próximo desses movimentos sociais que tratam da política no aspecto ideológico e de proximidade com a esquerda e não com a direita. Vamos tentar construir uma outra caminhada”.
Angelo Almeida: "Estou decidido que seguirei bem próximo desses movimentos sociais que tratam da política no aspecto ideológico e de proximidade com a esquerda e não com a direita. Vamos tentar construir uma outra caminhada”.
Angelo Almeida: “Estou decidido que seguirei bem próximo desses movimentos sociais que tratam da política no aspecto ideológico e de proximidade com a esquerda e não com a direita. Vamos tentar construir uma outra caminhada”.

“Eu não merecia ser tratado como o governo e o PT tem me tratado. Reajo por uma questão de sobrevivência política. Sairei do PT se for liberado. Existe uma série de cenários que estão sendo avaliados. ”, comentou Angelo Almeida ao responder sobre informações que indicam a pretensão de sair do Partido dos Trabalhadores (PT).

Suplente de deputado estadual pelo PT da Bahia, com base política em Feira de Santana, Almeida informou que novas oportunidades estão surgindo em partidos que fazem oposição ao projeto político liderado pelo prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo de Carvalho (DEM). “A intenção é formar uma frente democrática e popular composta por no mínimo três partidos”, e buscar uma vitória no processo eleitoral de 2016 em Feira de Santana”, declarou ao Jornal Grande Bahia.

Angelo Almeida avaliou que os movimentos com os pré-candidatos a vereador começaram, e que é necessário posicionar-se nesse processo. “Existe uma movimentação no campo da política sobre pré-candidaturas a vereador. Não posso deixar de me posicionar nesse cenário, sob o risco de perda de espaço”, ponderou.

Ao comentar sobre a relação com PT em Feira de Santana, Almeida informou que “o quadro do partido em Feira de Santana é difícil. O PT não avançou. Não vemos avanços, e são poucas oportunidades de formar uma aliança com possibilidade de vitória para eleição municipal de 2016”.

Entrevista 

Em entrevista concedida ao programa Sem Nome, da rádio Povo AM 1210 na noite desta quarta-feira (10/06/2015), o ex-vereador de Feira de Santana e suplente de deputado estadual pelo Partido dos Trabalhadores, Angelo Almeida falou sobre as novas estratégias e mudanças políticas para as eleições de 2016.

Sobre a saída do vereador Pablo Roberto e do ex-deputado federal Sérgio Carneiro do PT, Angelo assegurou que seu caminho será diferente do que eles tomaram.

“Pablo e Sérgio Carneiro são valorosos companheiros e amigos pessoais que eu gostaria muito que estivessem onde estavam. Gostaria que eles tivessem continuado no partido para dá seguimento ao trabalho que nós pretendíamos dá com a participação deles também. Infelizmente eles tomaram uma decisão e eu não tive força e nem capacidade política de contornar e de fazer uma gestão daquela crise que ocorreu. Tenho dado algumas declarações de que não passa pela minha cabeça e eu não vou dá nenhum passo parecido com o que eles deram. Não estou fazendo juízo de valor da decisão que eles tomaram, foi questão de fórum pessoal e político e eu só tenho a respeitar e desejar boa sorte a esses dois grandes construtores e figuras políticas importantes de Feira de Santana. Mas seguramente, o meu caminho se eu tiver que tomar uma decisão de desligamento do PT, será para outro lado e não para esse que eles tomaram”.

De acordo com ele, o atual momento é de diálogo e as novidades devem ser apresentadas no próximo mês de julho.

“Estamos desenhando e o que está na nossa cabeça é construir para Feira de Santana, uma frente democrática e popular que vai ser composta por no mínimo três partidos, e que a partir do encerramento e amadurecimento dessa discussão todos deverão  saber qual desses três partidos deveremos ir. E vou adiantando no furo de reportagem, a frente popular democrática está chegando, e outra coisa, não é para ser a terceira via não, é para ser a melhor via para cidade”.

Angelo ainda relatou as dificuldades vivenciadas no período eleitoral do ano passado, relembrando a perda das unidades de atendimento Socioeducativo de Feira de Santana.

“Na saída dos dois quem mais sofreu foi eu. Fui candidato a deputado estadual ano passado nesse grupo que nós vinhamos liderando e dando conta do processo de ressocialização, tomando conta das duas unidades socioeducativas de Feira de Santana. Coincidentemente e exatamente há um ano das eleições, tivemos um dos nossos companheiros demitido, exonerado da gerência da unidade, e logo em seguida há menos de 6 meses da eleição outro companheiro foi exonerado também. Para mim, ali ficou claro que foi uma decisão de governo de desempoderar um dos candidatos do PT em Feira que no caso éramos nós. E parece que as pessoas que estavam ali a frente daquele processo não acreditavam na nossa capacidade, mas graças a Deus e o apoio que tivemos de diversos companheiros, nós lutamos muito e conseguimos sair com 14 mil e quinhentos votos de Feira de Santana e com 21 mil votos para além de Feira de Santana. Acho que eles não esperavam isso, porque seguramente aquele prejuízo que nós sentimos politicamente, e olha que eu senti disciplinadamente, ninguém me viu fazer reclamação. Mas agora chegou o momento em que a gente precisa rever a nossa caminhada política e hoje é isso que estamos tratando”.

Sobre a atual crise vivenciada no PT, na qual a falta de diálogo ocasionou na saída de dois grandes companheiros de partido, Angelo ressaltou a relação de cordialidade entre o atual prefeito, mas negou qualquer possibilidade de sair da base do PT e ir para o mesmo time do prefeito José Ronaldo de Carvalho.

“Eu tenho grande respeito e amizade pessoal pelo prefeito José Ronaldo, mas politicamente, acredito que ao decidir me filiar ao PT e criar as relações que criei e construir ao longo desses 8 anos com diversos companheiros que são muito caros, que eu estimo demais e que aprendi demais, com todos os movimentos do PT com movimentos sociais e sindicais. Eu sinceramente estou absolutamente convencido e decidido que nossa caminhada política é mais para a esquerda do que para direita. Estou decidido que seguirei bem próximo desses movimentos sociais que tratam da política no aspecto ideológico e de proximidade com a esquerda e não com a direita. Vamos tentar construir uma outra caminhada”.

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