

Com o título ‘Dois executivos da Camargo Corrêa assinam acordo de delação premiada’, reportagem do jornal Valor Econômico, publicada na sexta-feira (27/02/2015), informa que os executivos da construtora Camargo Corrêa – presidente Dalton dos Santos Avancini e o vice-presidente Eduardo Leite fecharam acordos de colaboração com a força-tarefa que investiga fraudes em contratos de empreiteiras com a Petrobras.”. A reportagem também informa que “João Ribeiro Auler, presidente do Conselho Administrativo da construtora, ainda está negociando com os procuradores.”.
Segundo a reportagem, “está sendo negociada a possibilidade de revelações de fraudes não só na Petrobras, mas também em outras áreas de atuação da Camargo Corrêa. Na mira dos procuradores estão obras e serviços em hidrelétricas, rodovias e ferrovias. Os executivos da empreiteira resistiam à ideia de falar sobre outros assuntos fora do tema principal da operação Lava Jato.”.
Assalto a nação
As informações, repassadas pelos empreiteiros, podem revelar que a corrupção era institucionalizada nos governos petistas de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Vana Rousseff. O conjunto de dados reunidos a partir da Operação Lava Jato, e do subsequente julgamento dos envolvidos, indica que o Estado Brasileiro foi assaltado por uma organização criminosa.
Crise
O descontrole do governo federal, aliado a elevados níveis de corrupção, conduziu o país a um processo de grave crise econômica e política. Resultando na perda do emprego, desmobilização de forças produtivas, desorganização do setor produtivo, aumento das tarifas públicas e impostos, e subsequentemente, da inflação.
Observa-se que a desmobilização de forças produtivas na cadeia de valor do petróleo e gás, atinge de forma reflexa o setor da siderurgia, e da construção civil. O que ocorre no Brasil, neste momento histórico, é a perversa conjunção de políticos e capitalistas envolvidos em escusas relações de poder e interesse financeiro. Resultando em desemprego, inflação, e fragilização do país no cenário internacional.
Não apenas a Petrobras perdeu credibilidade. O incipiente segundo governo Rousseff é atingido diretamente pela corrupção e perda da credibilidade econômica. É inescapável associar a responsabilidade política e econômica da presidenta Dilma Rousseff nos eventos em curso.
Futuro sombrio
O pior está por vir. A conjunção de eventos, até o momento, não foi percebida em plenitude pela população. Mas, em poucos meses, a população perceberá que desemprego, problemas na prestação dos serviços públicos, atrasos nos repasses federais, e dificuldade de financiamento bancário conjugam os elementos matérias da corrupção, e do descontrole da gestão pública federal.
Observa-se que, ao optar por elevar o preço dos derivados do petróleo como forma de recapitalizar a Petrobras. No momento em que o petróleo atinge a menor cotação internacional em quase duas décadas. O governo federal aprofundou a crise.
A “tempestade perfeita” está em curso. A pergunta que a sociedade brasileira se faz: a presidenta Dilma Rousseff resistirá a conjunção dos eventos – corrupção, crise econômica, e crise política?
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