Vereador soteropolitano critica latifundiários e pede apoio “para tirar famílias do MST debaixo das lonas pretas”

Vereador Luiz Carlos Suíca cobra investimentos sociais, durante evento do MST, em Feira de Santana.
Vereador Luiz Carlos Suíca cobra investimentos sociais, durante evento do MST, em Feira de Santana.
Vereador Luiz Carlos Suíca cobra investimentos sociais, durante evento do MST, em Feira de Santana.
Vereador Luiz Carlos Suíca cobra investimentos sociais, durante evento do MST, em Feira de Santana.

A afirmação da nova ministra da Agricultura do governo de Dilma Rousseff, Kátia Abreu, sobre a não existência de latifúndios no Brasil foi alvo de debates no 27º Encontro Estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que acontece até este domingo (18/01/2015) em Feira de Santana. Essa declaração de Abreu deixou setores de produção do país estarrecidos e envolveu políticos e movimentos sociais de luta pela terra, como o vereador de Salvador, Luiz Carlos Suíca (PT), que criticou os latifundiários e pediu aos governos estadual e federal mais compromisso para tirar as famílias de acampados das beiras de estradas debaixo das lonas pretas. O edil petista também aponta a necessidade de se manter a parceira campo-cidade e destacou o papel de sindicatos urbanos como o Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza (Sindilimp) na luta por direitos trabalhistas.

“A ligação entre o campo e a cidade tem que ser fortalecida com novos projetos de produção envolvendo principalmente a agricultura familiar. E o elo é justamente os sindicatos urbanos que são responsáveis por mobilização, por exemplo. Hoje a Bahia tem mais de 45 mil famílias em 504 acampamentos sem terra e cerca de 27 mil são militantes organizados pelo MST. E dos 504 assentamentos baianos, 220 pertencem ao MST. Então é preciso apoio, os governos precisam ampliar as ações de reforma agrária, seja de regularização fundiária ou de organização de setores produtivos, mais educação e cursos profissionalizantes”, declara Suíca. Para o vereador, a declaração da ministra Kátia Abreu é mais um exemplo da falta de compromisso com a reforma agrária e da postura apresentada pelo agronegócio no país.

Suíca apresentou dados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que apontam um debate mais amplo sobre latifúndio. O Instituto considera uma grande propriedade no Brasil um imóvel rural a partir de 75 hectares – um hectare tem a dimensão equivalente a um campo de futebol. Os dados do Incra de 2014, identificaram 5,7 milhões de imóveis rurais particulares no país. Destes, 3,7 milhões (65,3%) são minifúndios; 1,4 milhão (25,4%) de pequenas propriedades; 401 mil (7%) são médias propriedades; e 130 mil (2,3%) são grandes propriedades. Porém, a área ocupada pelas grandes propriedades representa quase metade (47,3%) da soma total do tamanho dos imóveis rurais no Brasil.

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