

Enquanto Feira de Santana não conta com uma grande maternidade estadual, mulheres continuam sofrendo em busca de atendimento para dar à luz com segurança e dignidade. A mais nova vítima desse descaso foi a dona de casa Alessandra dos Santos Rodrigues, que pariu dentro do carro em que estava, quando transitava pela avenida João Durval Carneiro.
Nesta quinta-feira (21/08/2014), em trabalho de parto, a gestante tentou uma vaga no Hospital Geral Clériston Andrade, mas não conseguiu. Alessandra, então, saiu perambulando em busca de atendimento, como tem acontecido rotineiramente em Feira de Santana, até ter o filho dentro do carro.
Recentemente, dados divulgados pelo governo municipal apontam que quase 30% das pacientes internadas no período de janeiro a julho deste ano, no Hospital Inácia Pinto dos Santos, o Hospital da Mulher, são oriundas de outros municípios, como Santo Estêvão, São Gonçalo dos Campos, Amélia Rodrigues, Antonio Cardoso, Santa Bárbara e Coração de Maria. A unidade chega a atender mulheres de 10 municípios, além da demanda local de obstetrícia. O que acaba superlotando a unidade.
Toda esta macrorregião deve ser beneficiada com a construção de uma grande maternidade pública estadual em Feira de Santana, conforme uma reivindicação que vem sendo encampada pelo deputado estadual Carlos Geilson (PTN).”Chega de tanta negligência. É necessário que haja respeito para com as mulheres de Feira e região. A macrorregião precisa e exige a construção de uma maternidade. Vamos continuar lutando por isso”, declarou o parlamentar.