

A presidenta Dilma Rousseff ressaltou, em entrevista ao programa GloboNews Eleições, que as grandes marcas de seu governo são a ascensão social e econômica da população e a preparação para um novo ciclo de competitividade produtiva. “Eu considero que a marca dos meus quatro anos de governo foi criar as condições para que nós entremos em um novo ciclo. Nesse novo ciclo, além da estabilidade macroeconômica e do avanço e da continuidade das mudanças sociais, (…) vamos apostar na competitividade produtiva. Tem que ter um grande esforço em educação”.
Durante aproximadamente 50 minutos de conversa com a jornalista Renata Lo Prete, nesta sexta-feira (11/07/2014), Dilma também falou sobre o combate o pessimismo, ao lembrar da crise econômica mundial iniciada em 2008 e que impactou, de forma persistente, as economias mundiais. “O pessimismo não é uma boa reação a crise, é uma péssima reação”, pois diminui a capacidade de as pessoas entenderem a realidade, superar os desafios e encontrar soluções. Também foi conversado sobre economia, energia, internet, Copa do Mundo e petróleo, entre outros temas.
Infraestrutura
A presidenta disse que, nos últimos anos, o país investiu na construção e melhoria de aeroportos, portos e rodovias, mas destacou que outros investimentos em infraestrutura são necessários.
“O Brasil precisa de ferrovias. O Brasil precisa aproveitar o fato de ter uma das maiores bacias hidrográficas do mundo. (Por exemplo), a produção agrícola do país, principalmente aquela que está acima de Mato Grosso do Sul, ela precisa escoar para o norte e não para o sul ou sudeste. Ela tem que escoar pelos rios que integram a Bacia do Amazonas ou através do Tocantins.”, disse Dilma.
Copa do mundo
O pessimismo passou por todo o processo de preparação da Copa do Mundo, lembrou a presidenta.
“Passamos desde o início do ano, para não dizer desde o início do meu governo, ouvindo que o Brasil era incapaz de fazer uma Copa, sediar uma Copa, de oferecer infraestrutura, de ter Segurança e o que vimos?”, questionou.
Emprego
Mesmo com a crise financeira no mundo desde 2008, o Brasil manteve o emprego, na contramão do que acontecia nos demais países. A presidenta afirmou na entrevista que as taxas de crescimento do emprego já não aumentam muito porque vivemos uma situação próxima ao pleno emprego.
“Acho que o Brasil tem todas as condições de ter uma taxa de crescimento melhor do que a do ano passado e, veja você, que tivemos a quarta ou a quinta maior taxa no G20 (no ano passado)”.
Qualificação técnica
O Brasil está investindo na qualificação da mão de obra, o que é necessário para que o país aumente sua competitividade produtiva. Criou o Pronatec, programa de formação de técnicos de nível médio. Até o final do ano, será alcançada a marca de 8 milhões de matrículas.
“Para produtividade, para a competitividade no Brasil, nós temos que qualificar a mão de obra e temos de dar qualidade ao emprego. Nós estipulamos que serão mais 12 milhões de vagas, e isso porque no esforço da competitividade você tem que apostar em educação”, aponta Dilma Rousseff.
Petróleo
Dilma destacou que o Brasil demorou 31 anos para produzir 500 mil barris de petróleo, e isso só foi possível porque a Petrobras investiu em tecnologia. “Em três anos, a Petrobras extraiu 500 mil barris.”, comemorou a presidenta.
Para presidenta, agora é preciso superar os ranços da burocracia e apostar na competitividade produtiva, o que representará mais inclusão social, redução das desigualdades, o aumento de pessoas no mercado de trabalho e conquistas macroeconômicas.
“(Isso vai permitir) que você amplie a inclusão social. Se você apostar na competitividade produtiva, você vai conseguir ampliar ainda mais inclusão social, a redução da desigualdade, o aumento da incorporação das pessoas no mercado de trabalho cada vez melhor e também vai estabilizar, vai permitir uma constante estabilidade macroeconômica.”
Confira a entrevista completa