





Francisco Otávio Lima Ferreira, morador da Rua Santiago, Bairro Parque Getúlio Vargas, em Feira de Santana, revela em nome da comunidade as apreensões e angustias com relação à perda da qualidade de vida que os moradores passarão a ter com a possível conclusão da construção da escola Lírio dos Vales. O empreendimento está sendo erguido em uma rua sem saída, de largura estreita, onde a maior parte das edificações é do tipo residência térrea.
“A escola está sendo construída numa área extremamente residencial, numa rua sem saída. Não há como construir um prédio de quatro pavimentos para colocar possivelmente trezentos alunos e inviabilizar os moradores de trafegar com seus veículos. Está é uma obra acintosamente mal panejada, é inacreditável como os poderes públicos autorizarem o início da obra.”, explica Francisco Ferreira.
Os moradores reivindicam o direito histórico ao lugar, bem como o direito a qualidade de vida, que, na avaliação deles, será duramente afetada com a conclusão do empreendimento. Tendo em vista que nos horários da manhã e almoço o trânsito de veículos na Rua Santiago será ampliado substancialmente. Ferreira destaca o fato da rua possuir graves deformidades com relação ao pavimento, atribuindo as deformidades ao elevado trânsito de veículos pesados que fornecem matérias para a construção da escola.
Ministério Público
Francisco Ferreira também revela que o grupo de moradores ingressou com representação junto ao Ministério Público com objetivo de embargar a construção. Ele explica que a inciativa foi positiva, pois conseguiram a paralisação judicial da obra. Mas, perceberam que mesmo embargada, com os portões fechado, trabalhadores davam continuidade à construção, afirmando que as obras “foram retomadas as escondidas com os portões fechados”.
Funcionária da PMFS
Outro aspecto que traz grave preocupação com relação ao nível de isenção da Prefeitura Municipal de Feira de Santana, é o fato de uma funcionária concursada do poder outorgante da licença de construção assinar o projeto arquitetônico.
“Uma das pessoas que assinam a obra é a arquiteta Rita Rebouças, onde ela também é funcionária da prefeitura e trabalha na secretaria de planejamento. Me parece que o público e o privado neste momento estão intrínsecos. Ela, como funcionaria pública, não podia assinar uma obra que já estava embargada pela prefeitura, é muito estranho. Não estou dizendo que existe absolutamente nada de imoral, o que estou dizendo é que essa postura é no mínimo antiética.”, explicita Francisco Ferreira.
Temerosos
Refletindo sobre o sentimento da comunidade, Francisco finaliza declarando: “A comunidade está temerosa. Acredito que a palavra mais apropriada para definir a situação é temor. Numa rua residencial com apenas trinta casas, sem comércio algum, sem saída e um colégio de quatro pavimentos sendo construído neste local, isso é inviável.”.
Confira a versão da direção da escola Lírio dos Vales
Feira de Santana | Localizada na Rua Santiago, construção da escola Lírio dos Vales é defendida pela direção da empresa
Baixe a documentação
Documentação PMFS e Ministério Público.
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*A entrevista foi concedida com exclusividade ao Jornal Grande Bahia no dia 24 de outubro de 2013.
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