

Definitivamente o PSB sai da base do PT. Ao apresentar ontem (25/04/2013) em rede nacional de TV as linhas gerais do pensamento do Partido Socialista Brasileiro, o atual governador de Pernambuco, Eduardo Campos, evidenciou não apenas uma crítica à presidenta Dilma Rousseff como mostrou disposição de agregar opositores históricos do PSB à campanha presidencial de 2014, onde o próprio Eduardo Campos figura como candidato.
Na Bahia a situação do PSB é a mesma que a nacional, ou seja, a senadora Lídice da Mata é candidata ao Palácio de Ondina e deve enfrentar o candidato do PT Rui Costa, e o pemedebista Geddel Vieira Lima. Também na Bahia, o PSB saiu da base do governo Jaques Wagner.
Em ambos os casos o partido continua a desfrutar da força dos governos, ocupando cargos e sendo tratado como aliado. Mas, até quando esta situação vai perdurar? Dilma e Wagner terão que resolver a situação abrindo espaço para os aliados históricos, ou novos aliados, que desejem apoiar, no caso de Dilma a reeleição, e no caso de Wagner o candidato do Partido dos Trabalhadores. Serão pressionados neste sentido.

Confira trechos do programa do PSB, oportunidade em que Campos dispara críticas ao governo Rousseff e deixa de citar os ganhos socioeconômicos do governo Lula.
“Avançamos, mas deixamos de fazer mudanças fundamentais.
Temos um Estado antigo, que ainda traz as marcas do atraso e do elitismo.
Um Estado que pouco tem avançado como provedor de serviços de qualidade e como agente de desenvolvimento.
Temos relações extremamente desiguais na divisão de recursos e responsabilidades entre a União, os estados e os municípios.
Ou avançamos agora ou corremos o risco de regredir nas conquistas do nosso povo.
Quem paga mesmo a fatura é a população que fica desassistida.
É preciso contrariar os interesses da velha política, que estão instalados na máquina pública.”