
A ascensão do PSB, liderado nacionalmente pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, foi avaliada como perigosa para o projeto de continuidade política do Partido dos Trabalhadores no comando do Palácio do Planalto.
Em recente entrevista ao Estadão, Eduardo Campos sinalizou com a possibilidade de sair candidato a presidente da república como forma de projetar imagem junto aos eleitores, em âmbito nacional. Por enquanto, descarta a possibilidade de ser candidato à vice-presidente em uma chapa liderada pelo senador mineiro do PSDB, Aécio Neves.
Sem espaço na majoritária do PT, que deve repetir a dobradinha Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB), Campos percebe que o momento é oportuno para o surgimento de novas lideranças nacionais, e não quer perder a oportunidade em 2014.
Ofensiva
O PT prepara o contra-ataque, e o favorecido é Jaques Wagner, governador da Bahia. No momento, o governo Wagner passa por uma avaliação não muito positiva, mas, com Nelson Pelegrino no segundo turno das eleições em Salvador, o ânimo dos petistas ressurgiu e alguns que desejam Wagner na sucessão de Dilma Rousseff, veem a possibilidade se materializar com a disputa PTxPSB.
Os fatores históricos contribuíram para a ascensão de Wagner junto à liderança nacional do PT. Com o núcleo paulista atingido pelo julgamento do Valérioduto/Mensalão, Wagner ressurge como uma liderança ponderada e ética. Além da melhor opção para mitigar a ascendente liderança de Eduardo Campos.