IPHAN entrega obras de restauração na Chapada Diamantina. Os monumentos são de valiosa riqueza histórica

Igreja de São Sebastião em Igatu.
Igreja de São Sebastião em Igatu.
Igreja de São Sebastião em Igatu.
Igreja de São Sebastião em Igatu.

Monumentos tombados e que relevam a riqueza histórica de dois municípios baianos passaram por obras de revitalização que serão entregues pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) neste final de semana. Os bens restaurados são a Igreja de Santo Antônio, em Mucugê e a Igreja e o Cemitério de São Sebastião, em Igatu, distrito de Andaraí, ambos localizados na Chapada Diamantina. As obras foram executadas com recursos do PAC das Cidades Históricas, que totalizaram aproximadamente R$250 mil. Além disso, o Iphan realizou neste feriado de Corpus Christi a inspeção dos serviços realizados na Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento, em Rio de Contas. O orçamento dessa intervenção foi de R$1 milhão. De acordo com o superintendente estadual do Iphan, Carlos Amorim, as obras tem revelado surpresas que valorizam ainda mais o extraordinário patrimônio da Chapada Diamantina. Segundo ele, nos trabalhos de restauração da Matriz do Santíssimo foi descoberto um inusitado nicho barroco, em chinoiserie, com forte influência oriental, de Goa ou Macau, cujas pesquisas deverão ser aprofundadas.

A Superintendência Estadual do Iphan e a Prefeitura Municipal de Andaraí apresentarão as intervenções realizadas na Igreja e Cemitério de São Sebastião e a Praça do Mercado amanhã (09/06), às 10 horas, em Igatu. Os monumentos estão concentrados em área tombada pelo Iphan, em 20 de junho de 2000, sendo inscrita em três livros: Tombo de Belas Artes, no Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico e ainda no Tombo Histórico.

Hoje foram entregues as obras de conservação e restauração da Igreja de Santo Antônio, em Mucugê. O monumento integra o conjunto arquitetônico e paisagístico da cidade, tombado pelo Iphan. A situação de conservação era precária, o que levou a Superintendência a alocar recursos para a revitalização. Uma empresa especializada em obras de adaptação e reparação de edifícios históricos foi contratada e para a execução dos serviços de pavimentação, tratamento, pintura, cobertura e revisão elétrica.

Segundo o superintendente do Iphan na Bahia, “as obras cumprem o objetivo de preservação do patrimônio histórico, tendo a riqueza cultural e ambiental como foco para as ações estruturantes a serem desenvolvidas nos municípios”.

Amorim também destacou os restauros que estão sendo feitos na Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento.  “A Igreja é fabulosa. Pertenceu à devoção particular de D. Maria I, rainha de Portugal e mãe de D. João VI. Seu azul real estava submerso em verdes fortes que a prospecção artística desvelou”, afirmou. De acordo com o superintendente o nicho barroco descoberto durante os serviços estava coberto de gesso e massa e “a remoção dessa matéria exótica fez surgir um delicado trabalho de talhe e pintura, de extremo bom gosto e muita sofisticação. Até cerejeiras estão estampadas e cenas orientais também. O partido de restauração adotado deve trazer de volta os tons de ouro sobre azul real, que são as cores de devoção do Santíssimo”, afirmou.

Igatu

Possui um casario histórico de pedra, do século XIX, resquício da época do Ciclo do Diamante na região da Chapada Diamantina. Por esta sua característica, o distrito é conhecido pelo apelido de “Machu Picchu baiana”, numa referência à histórica cidade peruana de pedra. O nome “Igatu” é de origem tupi e significa “água boa”, através da junção dos termos ‘y (“água”) e katu (“bom”).

Mucugê

É uma das cidades mais antigas da região da Chapada Diamantina. Fundada no fim do século XVIII o local tem como característica marcante os antigos casarões coloniais de estilo português.

Rio de Contas

Considerada um dos três mais importantes conjuntos arquitetônicos coloniais da Bahia, tombada pela Secretaria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, a cidade pertencente também à Chapada é uma das mais históricas da Bahia, com 287 prédios tombados pelo Iphan.

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Sobre Carlos Augusto, diretor do Jornal Grande Bahia 10730 artigos
Carlos Augusto é Mestre em Ciências Sociais, na área de concentração da cultura, desigualdades e desenvolvimento, através do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCS), da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB); Bacharel em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo pela Faculdade de Ensino Superior da Cidade de Feira de Santana (FAESF/UNEF) e Ex-aluno Especial do Programa de Doutorado em Sociologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Atua como jornalista e cientista social, é filiado à Federação Internacional de Jornalistas (FIJ, Reg. Nº 14.405), Federação Nacional de Jornalistas (FENAJ, Reg. Nº 4.518) e a Associação Bahiana de Imprensa (ABI Bahia), dirige e edita o Jornal Grande Bahia (JGB), além de atuar como venerável mestre da Augusta e Respeitável Loja Simbólica Maçônica ∴ Cavaleiros de York.

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