Deficientes, com perda parcial de audição, já podem comemorar a chegada ao Brasil do primeiro aparelho de amplificação sonora implantável. Após recente liberação da Anvisa, a prótese, de origem norte americana (EUA), que parecia inacessível à população, em função do seu alto custo, já tem cobertura prevista por planos de saúde conveniados. É o que assegura o médico otorrinolaringologista baiano, Marcos Juncal, único especialista do Norte/ Nordeste habilitado a fazer o procedimento cirúrgico. “A garantia de seguridade está por se tratar de uma prótese, de caráter corretivo, e não, um artefato externo”, esclareceu.
Estão com os dias contados as sucessivas trocas de bateria, preconceito, inflamações, má captação de som, chiados, incômodos frequentes, comuns aos usuários de aparelhos auditivos. A nova tecnologia é totalmente implantável através de procedimento cirúrgico, onde é feita uma pequena incisão de 2,5 centímetros atrás da orelha. “A prótese é feita de titânio, material que o organismo não rejeita e que não precisa ser trocado com o tempo. A cirurgia não tem contra-indicação, nem oferece risco de vida ao paciente, que já recebe alta do hospital no dia seguinte ao procedimento”, declarou o médico Marcos Juncal, lembrando que o aparelho é acionado por controle remoto.
O médico
Marcos Juncal é mestre em Otorrinolaringologia pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP), membro titular da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial e coordenador do programa de implantes auditivos do Hospital Santa Izabel e da Otorrinoclin. Além disso, Juncal é o pioneiro em implantes no Norte e Nordeste e ganhou notoriedade com o dispositivo Baha, prótese de transmissão sonora por vibração óssea indicado para pacientes com deformidades na orelha, de origem hereditária ou tumoral.
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