O possível retorno à condição de suplente do deputado federal Sérgio Carneiro continua preocupando vereadores de diversas bancadas na Câmara de Feira de Santana. Para o vereador Justiniano França, trata-se de retaliação política do Governo do Estado.
Ele acredita que Sérgio esteja sofrendo perseguição do Governo do Estado por não ter participado das reuniões de apoio da pré-candidatura do deputado José Neto à Prefeitura de Feira de Santana.
“Eu não tenho dúvida da retaliação que nesse momento sofreu Sérgio Carneiro”, afirmou. O governador Jaques Wagner tirou da Secretaria de Planejamento o deputado Zezéu Ribeiro e, no fim de semana, o também deputado petista Afonso Florence foi demitido do Ministério da Reforma Agrária. Ambos retornam à Câmara, o que força Sérgio a deixar Brasília.
O líder do governo na Câmara Municipal, vereador Mauricio Carvalho, lamentou que o Governo do Estado “não tenha encontrado uma fórmula para manter, em Brasília o deputado Sérgio Carneiro”.
“É lamentável que uma cidade com 600 mil habitantes, como Feira de Santana, fique apenas com um deputado federal”, disse. Segundo ele, os prejuízos são significativos, especialmente em relação a emendas parlamentares, que proporcionam investimentos no município.
Maurício observa que deputados comprometidos com a cidade asseguram recursos importantes para uma administração. “O que quero dizer é que se o Município não tiver uma bancada representativa e comprometida a cada dia a coisa fica mais difícil”, afirmou Mauricio Carvalho.
Para o vereador Lulinha, a exoneração de Afonso Florence mostra que o governador Jaques Wagner, “que se diz amigo da presidenta Dilma”, não tem força política para tentar manter Sérgio Carneiro. “Isso é lamentável”, criticou.
Por outro lado, Lulinha afirmou não ter aprovado uma declaração do deputado Sérgio Carneiro que, “ao invés de culpar o Governo do Estado pela situação, disse numa emissora de rádio que a culpa era do povo de Feira, por não lhe ter dado os votos suficientes para sua reeleição”.
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